Policiais civis do Rio de Janeiro cumprem, nesta terça-feira
(15), uma operação voltada para desarticular grupo criminoso que praticava
crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. A operação Adolescência
Segura está cumprindo mandados de prisão temporária e de busca e apreensão,
além de internação provisória contra adolescentes infratores.
São investigados crimes de ódio, de tentativa de homicídio,
de instigação ao suicídio, de maus-tratos a animais, de apologia ao nazismo e
de armazenamento e divulgação de pornografia infantil.
Os mandados estão sendo cumpridos nos estados do Rio, São
Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio
Grande do Sul, com apoio das polícias civis destes estados. Também participa da
ação o Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) da Secretaria Nacional
de Segurança. Até as 7h30 desta terça-feira (15), dois homens tinham sido
presos e dois adolescentes, apreendidos.
As investigações começaram em fevereiro deste ano, depois da
divulgação, ao vivo pela internet, de um ataque cometido por um adolescente
contra uma pessoa em situação de rua. Na agressão, o jovem lançou um coquetel
molotov contra a vítima, que estava dormindo e que teve 70% de seu corpo
queimado.
A partir disso, e, após monitoramento e cruzamento de dados,
policiais da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) descobriram que o
crime bárbaro não se tratava de um fato isolado. Os administradores do servidor
utilizado no crime compunham verdadeira organização criminosa altamente
especializada em diversos crimes cibernéticos tendo como principais alvos
crianças e adolescentes.
“A atuação do grupo é tão significativa no cenário virtual
que mereceu a atenção de duas agências independentes dos Estados Unidos, que
emitiram relatórios sobre os fatos, contribuindo com o trabalho dos policiais
civis envolvidos no caso”, diz a polícia civil.
As investigações constataram que o ataque não foi isolado e
que os administradores do servidor que veiculou o vídeo do ataque compunham uma
organização criminosa especializada em crimes cibernéticos.
Segundo a Polícia Civil, o grupo criminoso se espalhava por
diferentes plataformas digitais, onde manipulavam psicologicamente crianças e
adolescentes, aliciando-os. A investigação contou com o apoio de duas agências
norte-americanas, que fizeram relatórios sobre a atuação da organização
criminosa.
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