Em meio às investigações sobre fraudes bilionárias no
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a Polícia Federal (PF) identificou
o agente Philipe Roters Coutinho como responsável por conduzir dois
investigados em uma viatura oficial da corporação. O episódio ocorreu em 28 de
novembro de 2024, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Imagens do circuito
de segurança mostram Coutinho encontrando-se com Virgilio Antonio Ribeiro de
Oliveira Filho, procurador-geral da Procuradoria Federal Especializada junto ao
INSS, e Danilo Berndt Trento, e os conduzindo por áreas restritas do aeroporto
até uma viatura da PF. O veículo os levou até o embarque de aviões privados, de
onde decolaram dez minutos depois.
A PF destacou que a área de embarque e desembarque remoto é
de circulação restrita, acessível apenas para quem embarca ou desembarca via
ônibus ou para quem presta serviço dentro do aeroporto, com a devida
autorização legal. O uso da viatura oficial para transportar investigados em
uma área restrita do aeroporto é considerado uma conduta ilegal. Além disso, o
relatório aponta que Coutinho, assim como outros investigados, realizou viagens
com perfil de compra atípico, incluindo deslocamentos com compra de passagens
"em cima da hora" e voos "bate/volta", principalmente para
Brasília .
Como resultado, Coutinho foi afastado do cargo por determinação judicial, e a PF solicitou busca e apreensão para esclarecer sua participação no esquema. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que a medida demonstra uma investigação técnica que não hesita em "cortar na própria carne".
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