O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
divulgou nesta sexta-feira (16) que o Brasil registrou 2,523 milhões de
nascimentos em 2023, uma redução de 0,7% em relação a 2022, quando foram
contabilizados 2,542 milhões de nascimentos. Este é o quinto ano consecutivo de
queda no número de nascimentos no país.
Segundo o IBGE, o número de nascimentos em 2023 é o menor
desde 1976, quando foram registrados 2,469 milhões de nascimentos. A média
anual de nascimentos entre 2015 e 2019 era de 2,868 milhões, o que indica uma
redução de 12% em 2023 em comparação com esse período pré-pandemia.
A pesquisadora do IBGE, Klivia Brayner de Oliveira, destacou
que "está acontecendo uma queda no número de nascimentos. As pessoas estão
tendo cada vez menos filhos". Ela também observou que outras pesquisas,
como o Censo, indicam que a população está crescendo em uma velocidade cada vez
menor.
A tendência de queda na taxa de natalidade no Brasil é
influenciada por diversos fatores, incluindo mudanças socioeconômicas, maior
acesso a métodos contraceptivos, aumento da escolaridade e participação das
mulheres no mercado de trabalho, além do adiamento da maternidade. Dados do
Censo de 2022 mostram que a taxa de fecundidade no país está abaixo da taxa de
reposição populacional de 2,1 filhos por mulher.
O envelhecimento da população brasileira é uma consequência
direta dessa redução na taxa de natalidade. Em 2022, a proporção de pessoas com
65 anos ou mais era de 10,9%, um aumento significativo em relação aos 7,4%
registrados em 2010. Esse envelhecimento populacional traz desafios para as
políticas públicas, especialmente nas áreas de saúde e previdência social.
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