Na noite desta quarta-feira
(7), a chaminé da Capela Sistina, no Vaticano, emitiu fumaça preta, sinalizando
que os 133 cardeais reunidos no conclave não conseguiram eleger um novo Papa na
primeira rodada de votação. A fumaça surgiu mais de três horas após o início da
sessão, um tempo superior ao registrado no conclave de 2013 que elegeu o Papa
Francisco.
A fumaça preta é o
tradicional sinal de que nenhum dos candidatos alcançou os dois terços dos
votos necessários para ser eleito. Desde 2005, o Vaticano utiliza um sistema
modernizado que combina a queima dos boletins de voto com compostos químicos —
como perclorato de potássio, antraceno e enxofre — para garantir que a cor da
fumaça seja claramente distinguível.
O conclave foi convocado
após o falecimento do Papa Francisco em 21 de abril. A expectativa é que os
cardeais retomem as votações na quinta-feira, 8 de maio, com até quatro rodadas
diárias — duas pela manhã e duas à tarde — até que um novo pontífice seja escolhido.
A Praça de São Pedro
permaneceu lotada durante todo o dia, com fiéis e turistas aguardando
ansiosamente por notícias. A fumaça preta, embora esperada, frustrou aqueles
que esperavam por uma decisão rápida. Historicamente, é raro que um Papa seja
eleito no primeiro dia de conclave.
Entre os nomes mais
mencionados como possíveis sucessores estão o cardeal Pietro Parolin,
secretário de Estado do Vaticano; o cardeal filipino Luis Tagle, conhecido por
sua atuação em países em desenvolvimento; e o cardeal húngaro Péter Erdő,
representante da ala mais conservadora da Igreja.
O próximo Papa enfrentará
desafios significativos, incluindo a promoção da unidade dentro da Igreja, o
enfrentamento de escândalos de abusos e a definição de posições sobre questões
sociais contemporâneas. A continuidade ou mudança em relação ao legado progressista
de Francisco será um dos pontos centrais das discussões entre os cardeais.
O mundo católico agora
aguarda a próxima fumaça — e, com ela, a possível chegada do anúncio: Habemus
Papam
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