Conflito direto entre dois dos maiores poderes militares da região já deixou centenas de mortos e ameaça envolver outros países, como o Iraque. ONU e Europa tentam intervir diplomaticamente. |
O conflito armado entre Israel e Irã, que já dura mais de uma semana, se intensificou nesta sexta-feira (20). De acordo com a agência Reuters, há denúncia formal do Iraque à ONU sobre a violação de seu espaço aéreo por aviões de guerra israelenses. Segundo o representante iraquiano, ao menos 50 caças sobrevoaram as cidades de Basra, Najaf e Karbala em rota para ataques ao território iraniano. O governo iraquiano alertou para o risco de atingir áreas sagradas e exigiu que as Nações Unidas condenem formalmente a ação, considerada uma grave violação do direito internacional.
A escalada
começou após Israel lançar uma série de ataques coordenados dentro do Irã, sob
o nome de “Operação Leão Crescente”. Alvos estratégicos foram atingidos,
incluindo instalações nucleares em Natanz, Fordow e regiões próximas de Teerã.
De acordo com a imprensa internacional, os bombardeios mataram dezenas de
militares e cientistas ligados ao programa nuclear iraniano.
Em resposta,
o Irã realizou um contra-ataque com mais de 450 mísseis e mil drones, atingindo
diversas cidades israelenses, entre elas Tel Aviv, Haifa e Beersheba. Hospitais
e bairros residenciais foram atingidos. As forças israelenses confirmaram
dezenas de mortes e centenas de feridos, enquanto o governo iraniano fala em
cerca de 650 vítimas fatais nos ataques israelenses.
O cenário de
guerra tem provocado reações internacionais. A União Europeia tenta mediar um
diálogo emergencial em Genebra, com a presença do chanceler iraniano Abbas
Araqchi. O Irã, no entanto, recusa qualquer negociação enquanto estiver sob
ataques. O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que a situação
pode desencadear “um incêndio regional de proporções incontroláveis”.
O envolvimento indireto do Iraque também preocupa. Milícias xiitas ligadas ao Irã, como a Kataib Hezbollah, emitiram comunicados ameaçando atacar bases dos Estados Unidos no Iraque, caso o país ocidental intervenha diretamente no conflito. Desde 2023, essas milícias já têm lançado mísseis contra alvos israelenses em apoio ao Irã, reforçando a instabilidade no território iraquiano.
Analistas
internacionais observam que, apesar das ameaças, o chamado "Eixo da
Resistência", que inclui grupos no Iraque, Líbano e Síria, tem adotado uma
postura de cautela, limitando suas ações para evitar uma guerra de maiores
proporções.
Com ataques
atingindo áreas civis, a situação humanitária também se agrava. Explosões em
hospitais, deslocamento de famílias e colapsos em sistemas de saúde indicam um
cenário de crise. Autoridades locais de ambos os lados relatam dificuldades
para lidar com o volume de feridos e danos estruturais.
Enquanto isso, a população civil vive sob alertas constantes, abrigos improvisados e incerteza quanto aos próximos desdobramentos. O temor de que novos países entrem diretamente no conflito aumenta a cada dia — e com ele, o risco de uma guerra de grandes proporções no Oriente Médio.
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