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Kremlin ameaça “guerra nuclear” caso Ucrânia e OTAN tentem retomar territórios

F5 Conchal

Na segunda-feira (9 de junho de 2025), Vladimir Medinsky, assessor direto de Vladimir Putin e líder da delegação russa nas negociações de paz, lançou uma advertência gravíssima durante entrevista à RT, agência estatal russa. Ele afirmou que:

“Depois de algum tempo, a Ucrânia, junto com a OTAN e seus aliados, tentará retomar o território, e isso será o fim do mundo — será uma guerra nuclear.”

Segundo Medinsky, um simples cessar-fogo não será suficiente: sem um acordo de paz definitivo e o reconhecimento pelas potências ocidentais dos territórios já ocupados — como Crimeia, Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia — a escalada seria inevitável .

Desde o início da invasão da Ucrânia (24 de fevereiro de 2022), líderes russos, inclusive Putin, Medvedev e Lavrov, vêm usando o discurso nuclear como forma de pressão estratégica .

*Em abril/maio de 2025, Putin declarou que espera “não ter que usar” armas nucleares, mas manteve firme o tom de intimidação .

*Há meses, o ex-presidente Dmitry Medvedev já havia sugerido que, se a Ucrânia tivesse sucesso em recuperar territórios, a Rússia poderia “ser obrigada a usar armas nucleares”.

A ameaça de Medinsky ecoa como um sinal de escalada perigosa: passa da diplomacia dura para o gatilho nuclear.

*Ocidente e aliados da Ucrânia encaram esse discurso como tática de “nuclear coercion”, ou chantagem nuclear – um instrumento para evitar perdas territoriais significativas.

*Analistas do CSIS (Center for Strategic and International Studies) apontam que o risco real de uso de armas nucleares aumenta quando a Rússia sofre reveses no front ou enfrenta a possível expansão do conflito

A ameaça de Medinsky contém duas faces:

Ameaça preventiva: dissuadir qualquer tentativa da Ucrânia — e seus aliados — de recuperar territórios ocupados.

*Pressão para um aborto negociado: forçar Kiev e o Ocidente a aceitar um acordo de paz baseado no status quo russo, reconhecendo anexações.

*Trata-se de uma estratégia de intimidação nuclear que atravessa os limites da guerra convencional, definindo o conflito ucraniano-balcão como um possível ponto de inflexão civilizacional.

*Avanços militares no campo: qualquer tentativa aberta de recapturar território por parte da Ucrânia pode desencadear o mecanismo de ameaça.

*Posicionamentos russos oficiais: se o Kremlin confirmar, endossar ou suavizar as palavras de Medinsky, será determinante para o tom do conflito.



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