Por: Abner Santos - Resenha
R$ 15 bilhões, isso mesmo, o número 15
seguido por 9 zeros, (R$ 15.000.000.000), este é o orçamento previsto para o
Congresso Nacional, claro, sem contar os reembolsos médicos, nossos magnânimos
representantes do legislativo possuem uma série de benefícios que podem dar ao
luxo de deputados e senadores viverem sem sequer gastar um misero centavo de
seus salários de nada mais nada menos R$ 46 mil (R$ 46.000) brutos mensais.
Toda essa estrutura, que custa diariamente
R$ 40,8 milhões (R$ 40.800.000) aos cofres públicos, faz com que cada um de
nós, brasileiros desembolsemos cerca de R$ 0,20 por dia só para manter nosso
Legislativo.
BENEFÍCIOS
QUE EXCEDEM O SALÁRIO
Uma vez em Brasília, os parlamentares têm
acesso a uma série de verbas extras que cobrem praticamente todas as suas
despesas. Vejamos alguns dos privilégios:
·
Contas de celular
·
Moradia em áreas nobres de
Brasília
·
Combustível para carros e até
para jatinhos particulares
·
Alimentação tanto no Brasil,
quanto no exterior
·
Passagens aéreas para qualquer
lugar
Além disso, os ressarcimentos médicos
são praticamente ilimitados, permitindo que os parlamentares escolham
qualquer médico ou hospital em nossas terras tupiniquins, sem problema algum
que estejam fora da rede credenciada de seus planos de saúde. Já no Senado, a
coisa “melhora” o plano de saúde, pasmem caros leitores, o convênio médico e VITALÍCIO,
abrangendo não somente os 81 senadores eleitos, mas também aqueles 190
ex-senadores e 126 cônjuges, e caso o parlamentar venha falecer, o benefício é
estendido à viúva ou o viúvo.
LEGISLATIVO
MAIS CARO QUE GRANDES ECONOMIAS
0,12% do PIB nacional, esse é o percentual usado para manter o custo do Legislativo, ou seja, inclui salários de parlamentares e assessores, viagens, gabinetes etc. Com esse valor gastamos mais que grandes nações, como a exemplo os Estados Unidos (0,04% do PIB) e o Reino Unido (0,02%). Vale lembrar que a conta deste gasto Legislativo, tende a aumentar, pois com a aprovação de 18 novas cadeiras na Câmara Dos Deputados, que aguarda a benção do Senado, e que representará um custo extra de R$ 64,8 milhões (R$ 64.800.000).
GABINETES:
PEQUENAS EMPRESAS COM VERBAS VOLUMOSAS
Cada gabinete parlamentar funciona como uma
verdadeira “pequena empresa”. Um deputado, por exemplo, pode contratar até 25
secretários, com uma verba mensal de R$ 133 mil (R$ 133.000) para
pagamentos de salários, já aqueles encargos como 13º, férias e
auxílio-alimentação são cobertos por verbas adicionais já previstas no
Orçamento. Somente no mês de março de 2025, a folha de pagamentos dos gabinetes
custou R$ 64,3 milhões (R$ 64.300.000) aos cofres públicos, ou seja, aos
nossos bolsos.
Deputados e senadores também têm acesso à Cota
Parlamentar, ou “cotão”, uma verba mensal para cobrir os custos do mandato,
que funciona como um “cartão corporativo”. O valor varia conforme o estado de
origem do parlamentar, calculando com base no preço médio da passagem aérea
para Brasília, embora a cota não se restrinja a gastos com transportes.
Um deputado de São Paulo, a exemplo, tem
direito a quase R$ 43 mil (R$ 43.000) mensais, enquanto um de Roraima
pode chegar a R$ 51,5 mil (R$ 51.500). No Senado, os valores variam de R$
36,6 mil (R$ 36,600) para políticos do Distrito Federal, a R$ 52,8 mil
(R$ 52,800), para os do Amazonas, e o saldo que não for usado pode ser
acumulado ao longo do ano.
Essa cota cobre uma vasta despesa, como:
·
Aluguel De carro e gasolina
·
Combustível de jatinho
·
Aluguel e contas de energia e
água de escritórios nos estados de origem
Gastos com alimentação são cobertos sem limite de valor, no mês de março, o senador Marcos Pontes (PL-SP) apresentou uma nota fiscal de R$ 778 de um jantar em uma churrascaria em São Paulo, e outra de R$ 428 de um jantar em restaurante italiano em janeiro. Casos semelhantes incluem o senador Ciro Nogueira (PP-PI), teve R$ 607 reembolsados por um jantar em Brasília, já o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) obteve um reembolso de R$ 462,62 por um jantar em Washington, EUA. O deputado Marcos Soares (União-RJ) gastou R$ 413,86 de verba pública para jantar em Las Vegas.
MORADIA:
LUXO OU AUXÍLIO?
Os presidentes do Senado e da Câmara
residem em casas de alto padrão à beira do Lago Paranoá, conhecidas como
residências oficiais. Os demais parlamentares, exceto os eleitos pelo Distrito
Federal, podem usufruir de imóveis das próprias Casas ou receber auxílio-moradia.
Esse auxílio é de R$ 4.253 mensais na Câmara e R$ 5.500 no Senado,
valores que permitem alugar apartamentos confortáveis a poucos minutos do
Congresso.
A estrutura de benefícios e verbas extras
do Congresso Nacional levanta um grande questionamento sobre a transparência e
a necessidade de tantos privilégios, especialmente em um país com desafios
sociais e econômicos.
Em resumo, os dados demonstram um quadro preocupante,
com o Congresso Nacional agindo num nível de autossuficiência financeira que o
afasta do dia a dia da população brasileira. Gigantescas quantias em verbas,
reembolsos e auxílios, além de um orçamento bilionário, garantem aos
parlamentares não só o custeio de suas despesas, mas também um padrão de vida
com grande suporte dos contribuintes. Esta estrutura, que sobrecarrega o PIB
nacional mais que em outras grandes economias, levanta questões sérias sobre
responsabilidade fiscal e urgência de reformas.
A discussão sobre esses benefícios vai além
dos números, adentrando na percepção popular sobre justiça e igualdade. É vital
que a sociedade siga exigindo transparência e contenção na gestão do dinheiro
público, visando um equilíbrio que combine a dignidade do cargo com o respeito
aos limites financeiros e as necessidades de um país que anseia por
investimentos em áreas cruciais.
A questão central ainda paira: até que
ponto os gastos do Legislativo se justificam, considerando o que efetivamente
retorna ao povo?
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