Prejuízo dos Correios dobra, empresa atrasa pagamentos e funcionários se queixam: 'falta durex e papelão”
A Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) registrou um prejuízo de R$ 1,72
bilhão no primeiro trimestre de 2025, mais que o dobro das perdas de R$ 801
milhões no mesmo período do ano anterior.
A queda de
12% na receita líquida, totalizando R$ 3,9 bilhões, foi influenciada por uma
redução de 58% no segmento de postagem internacional, que arrecadou R$ 393
milhões. Além disso, os custos com serviços prestados aumentaram 3,1%,
atingindo R$ 4 bilhões, impulsionados principalmente por um acréscimo de 8,6%
nas despesas com pessoal, que somaram R$ 2,7 bilhões.
A crise
financeira tem afetado as operações da estatal. Funcionários relataram atrasos
em pagamentos a fornecedores, problemas na manutenção de agências e falta de
materiais básicos de trabalho, como fita adesiva e papelão.
Em resposta
à situação, os Correios afirmaram que estão adotando ações para garantir o
equilíbrio financeiro e a continuidade dos serviços. Entre as medidas estão a
revisão de contratos, otimização da malha logística e busca por novas fontes de
receita no setor privado.
A empresa
também destacou que sua natureza estatal e a proteção legal asseguram a
continuidade operacional, mesmo diante dos desafios econômicos.
O Tribunal
de Contas da União (TCU) apontou que os Correios utilizaram um mecanismo
contábil que reduziu artificialmente o prejuízo de 2023. A estatal transformou
uma dívida de R$ 1,032 bilhão em um valor simbólico de R$ 18, com base em uma
liminar judicial. O TCU recomendou que a empresa refaça a contabilidade em 90
dias.
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