Senado deve votar, nesta quarta-feira, projeto polêmico que aumenta o número de deputados federais. A proposta já foi aprovada pela Câmara dos Deputados
O Senado
deve votar nesta quarta-feira (12) o projeto de lei que aumenta de 513 para 531
o número de deputados federais a partir da próxima legislatura.
A proposta
foi aprovada pela Câmara dos Deputados no início de maio, e precisa do aval dos
senadores para entrar em vigor.
O objetivo
da proposta é atender a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que
determinou a atualização da distribuição das vagas da Câmara com base no Censo
Demográfico de 2022. Só que o STF queria uma redistribuição das vagas por
estado, não um aumento (veja mais abaixo).
O prazo
imposto pela Corte vence em 30 de junho. Se o Congresso não aprovar novas
regras até lá, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) redistribuir as
cadeiras.
O que
prevê o projeto
Encabeçado
pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o texto aprovado pelos
deputados prevê que nenhum estado perderá representação, mesmo com a
readequação ao tamanho populacional atual.
Em vez
disso, nove estados ganharão cadeiras na Câmara:
*Amazonas
(+2)
*Ceará (+1)
*Goiás (+1)
*Minas
Gerais (+1)
*Mato Grosso
(+2)
*Pará (+4)
*Paraná (+1)
*Rio Grande
do Norte (+2)
*Santa
Catarina (+4)
O relator do
projeto, deputado Damião Feliciano (União-PB), defendeu que reduzir o número de
cadeiras de estados atualmente sobrerepresentados implicaria perda de peso
político e impacto em repasses federais.
Mudança
evita ação do TSE
Nas eleições
de 1994, o número de deputados foi definido com base no Censo de 1985. Desde
então, mesmo com novos censos, a distribuição nunca foi revista.
Em 2023, o
STF decidiu que essa distorção deveria ser corrigida, respeitando a
proporcionalidade populacional prevista na Constituição.
A decisão da
Corte prevê que a Câmara mantenha 513 deputados, redistribuindo as cadeiras
entre os estados. Isso significaria perda de vagas para sete estados — entre
eles, Paraíba, Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro.
Com o novo
projeto, essa perda é evitada por meio da criação de mais vagas, em vez de
redistribuição pura.

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