Na sessão do dia 16/07, o vereador
Pedrinho Martins usou a tribuna mais uma vez para questionar publicamente os
recursos que teriam sido deixados pela gestão anterior. Segundo ele, “nada
aparece”, mesmo após seis meses de legislatura. A crítica poderia até soar
legítima — se não fosse justamente ele quem tem votado a favor, de forma
sistemática, de projetos que tratam da reprogramação desses mesmos recursos.
Em outras palavras: o vereador questiona a existência
de verbas que ele próprio tem ajudado a reincorporar ao orçamento municipal.
Superávit
financeiro: o que é?
Quando uma gestão encerra seu mandato com saldo
positivo — ou seja, sobra de recursos públicos —, esse montante passa a ser
chamado de superávit financeiro. No início da nova gestão, esse dinheiro
precisa ser reprogramado e aprovado pela Câmara para que possa ser utilizado
legalmente. Isso é feito por meio de projetos de crédito suplementar ou especial.
O
contraste entre fala e voto
Na mesma sessão em que lançou suspeitas, o vereador
aprovou vários projetos que explicitamente tratam da reprogramação de saldos da
saúde e assistência social, além de emendas parlamentares da gestão anterior.
As justificativas dos projetos são claras: “os valores são provenientes de
saldos remanescentes de 2024.”
O próprio
vereador ajudou a aprovar isso nos últimos seis meses — inclusive somente na
sessão do dia 16/06, foram diversos projetos de reincorporação ao orçamento
municipal.
Ou seja, está sendo votado. Está
sendo reincorporado. O próprio vereador ajudou a aprovar isso nos últimos seis
meses.
O
problema não é falta de transparência, é falta de atenção
É verdade: o Portal da Transparência de Conchal não
oferece todos os dados em tempo real, como seria o ideal — e isso merece ser
cobrado da administração atual. Mas mesmo com as limitações, o vereador tem
outros meios de buscar a verdade, como consultar os projetos que ele mesmo
aprovou ou, mais diretamente, solicitar informações no setor de Finanças da
Prefeitura.
Se há dúvidas sinceras, existe caminho institucional
para esclarecê-las. Basta cumprir o papel que se espera de um parlamentar
comprometido com a verdade.
Crítica
é necessária. Insinuação sem base, não.
O que se viu na sessão foi mais um exemplo da velha prática política: levantar suspeitas no microfone, sem antes apurar com documentos. Isso não contribui com a fiscalização e muito menos com a confiança da população. Pelo contrário: confunde, desinforma e desgasta.
Pedrinho Martins é uma figura respeitada, um ser humano digno e bem-quisto. Por isso mesmo, preocupa vê-lo agir de forma desconexa com o que se espera de sua função. Ainda acreditamos que ele não esteja se prestando a repetir práticas mesquinhas do passado, ou sendo manipulado por quem quer apenas fazer barulho sem compromisso com os fatos. Mas a dúvida, infelizmente, já está no ar.
Afinal, a pergunta que realmente importa é:
👉 Querem investigar e informar a população ou apenas lançar fumaça para colher dividendos políticos?
"Assista o vídeo (acima) da sessão, com a
cobrança e a própria resposta — tudo na mesma noite."
PLC 49/2025 – R$ 100 mil de emenda parlamentar para
uniformes;
PLC 50/2025 – R$ 428 mil de saldo federal para a
Saúde;
PLC 51/2025 – R$ 958 mil de saldo estadual para a
Saúde;
PLC 52/2025 – Soma dos dois saldos anteriores para a
Secretaria de Saúde;
PLC 53/2025 – R$ 108 mil de saldo da Assistência
Social 2024;
PLC 54/2025 – Complemento de saldo da Assistência
Social.
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