Mudança histórica no trânsito brasileiro reacende debate sobre segurança pública, desigualdade e responsabilidade do Estado Por: Abner Santos Por quase três décadas, tirar a Carteira Nacional de Habilitação no Brasil significou, invariavelmente, passar por uma autoescola. Aulas teóricas presenciais, carga horária mínima definida, aulas práticas obrigatórias com instrutor credenciado e um custo elevado tornaram a CNH um documento inacessível para milhões de brasileiros. Esse modelo começa a ruir com a entrada em vigor da Medida Provisória Nº 1.327/2025, que promove uma profunda reformulação do sistema de formação de condutores desde o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), de 1997. A partir da nova regra, o curso teórico deixa de ser obrigatório em autoescolas, não há mais carga horária mínima definida em lei para essa etapa, e o candidato passa a ter maior autonomia para decidir como se preparar para os exames exigidos pelos Departamento Estaduais de Trânsito (Detrans) A mudança, celebra...