Aumento de até 51% nos fretes dos Correios afetará o
consumidor e, principalmente, os pequenos e médios empreendedores que vendem
pela internet. Participe da campanha e compartilhe a hashtag #FreteAbusivoNão
nas suas redes sociais!
Para o dia 6 de março, os Correios estão preparando uma
entrega que ninguém quer receber: um aumento abusivo no frete que pode chegar a
até 51% para compras e vendas realizadas pela internet, impactando um dos
poucos setores que registram crescimento contínuo, ano após ano, no Brasil – o
comércio eletrônico.
Mas se a inflação do último ano foi em torno de 3%, como pode
o aumento da taxa de entrega chegar a ser até dezessete vezes maior? Para dar
uma ideia do abuso, este aumento fará o frete brasileiro ser 42% mais caro do
que o da Argentina, 160% mais caro do que do México e 282% mais caro do que o
da Colômbia.
Veja
exemplos do reajuste:
De uma forma geral, esse reajuste vai resultar em um aumento
médio de 29% no custo do frete.
Por que o reajuste abusivo vai prejudicar principalmente o
pequeno e médio empreendedor?
Queda nas vendas devido ao frete mais caro: a loja que
escolher repassar o valor do frete ao consumidor vai ver suas vendas caírem;
Aumento do custo para oferecer frete grátis: o vendedor que
optar por subsidiar o frete terá um aumento médio em suas despesas com
logística de 29%;
Vender para fora dos grandes centros será ainda mais caro: os
valores de frete para enviar uma encomenda de um estado para outro já são
altíssimos – e vão ficar ainda mais altos. O aumento máximo do frete acontecerá
justamente para vendedores que moram ou atendem clientes fora dos grandes
centros, podendo chegar a 51%. Quer um exemplo? O valor de frete de um produto
enviado de São Paulo para Joinville, que hoje custa cerca de R$ 40,00, passará
a ser R$ 57,00;
Taxa extra para cidades classificadas como áreas de
risco: além do aumento no valor do frete, enviar para cidades como
o Rio de Janeiro, por exemplo, ainda terá uma tarifa adicional de R$ 3,00 por
pacote despachado.
E os impactos para o consumidor?
Comprar ficará mais caro: o valor do
frete afetará o total da compra, quanto maior o frete, maior o custo;
Consumidores fora dos grandes centros pagarão ainda
mais: os fretes interestaduais terão o maior aumento, afetando,
principalmente, a vida de consumidores que usam o comércio eletrônico como
alternativa à falta de opções do varejo local;
Quem mora em cidades classificadas como áreas de
risco pagará mais caro: compradores dessas localidades poderão ter as tarifas
extras de envios somadas ao valor de suas compras.
Você lembra do fim do e-Sedex?
Esta não é a primeira vez que os Correios impõem condições
desfavoráveis aos usuários do comércio eletrônico. Em 2017, a companhia
descontinuou a modalidade e-Sedex, que permitia entrega rápida a um preço
acessível, restando apenas as opções menos atrativas para o consumidor final.
Ao escolher repassar os custos da sua ineficiência
operacional, os Correios – líder na entrega de encomendas no e-commerce – figuram
como principal responsável por prejudicar significativamente a evolução do
segmento. Um retrocesso que impacta diretamente os pequenos e médios
empreendedores, importante fonte geradora de empregos no Brasil. Só no Mercado
Livre (site de vendas), mais de 110 mil famílias têm as vendas no marketplace
como sua principal fonte de renda. Além disso, essa medida vai prejudicar os
mais de 50 milhões de consumidores que compram online no Brasil –
principalmente aqueles que vivem em áreas distantes dos grandes centros. Para
eles, o comércio eletrônico é muito mais do que uma comodidade. É uma
necessidade.
Se o número de pessoas atingidas é grande, o barulho também
deve ser. Utilize a hashtag #FreteAbusivoNão em suas redes sociais. Espalhe no
Facebook, Twitter, Whatsapp. Conte aos seus familiares e amigos. Apenas
mostrando a insatisfação é possível pressionar os Correios a voltarem atrás
neste aumento abusivo.
Afinal, um comércio livre na internet só pode acontecer se o
frete for justo. #FreteAbusivoNão
Fonte da informação: Mercado Livre Brasil
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