Uma caixa coberta por um tecido preto, com aberturas e
estrutura de canos. A invenção simples do aposentado José Ricardo Alves, de 67
anos, atualmente é uma armadilha eficaz no combate ao mosquito Aedes aegypti,
responsável por transmitir a dengue, zika vírus e chikungunya.
"Eu estava em uma pescaria há 40 anos e quando me cobri
para se esconder dos mosquitos, vi que eles faziam o mesmo ou invés de picar. A
ideia da armadilha surgiu a partir daí", contou.
Com o tempo, a estrutura foi aperfeiçoada e virou um
eficiente mata mosquito. O aposentado percorreu o país para mostrar a criação,
procurou órgãos públicos e universidades, mas não foi fácil convencer que a
ideia simples dava certo.
Depois de bater em muitas portas, José Ricardo conseguiu
registrar o produto da 'caixa coletora de muriçocas'. No ano seguinte, ele
colaborou com a pesquisa realizada na Universidade Federal do Piauí (UFPI), que
resultou em um relatório sobre a coleta e análise dos insetos.
Ele também colaborou com pesquisas nas universidades da
Paraíba e Maranhão. Mesmo sendo somente um protótipo, a resolutividade da
armadilha está comprovada, segundo o biólogo Ivanaldo Moura.
"Eu percebi que os mosquitos ficam voando ao redor da
armadilha. O atrativo ali é o ambiente escuro, calmo, o calor e eles vão
entrando. Depois que ele entra tem dificuldade de sair e lá dentro ele encontra
abrigo e ele vai ficando", explicou o biólogo.
Se a invenção vai ser produzida em larga escala ou se alguma
empresa vai comprar a ideia, José Ricardo não sabe. O inventor não vai parar no
combate ao mosquito. "Só quando eu morrer", declarou.
FONTE: G1
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