Chocolate feito em farmácias
de manipulação, com mistura de cacau 70%, antioxidantes e probióticos,
conquista cariocas.
Matéria: O Globo
Matéria: O Globo
Beatriz Ferreira é uma das
que aderiram o chocolate manipulado em farmácias especializadas. Foto: Ana
Branco/Agência O Globo
Precisa emagrecer? Reduzir a
TPM? Ou barrar algum processo inflamatório? A solução pode não ser fechar a
boca ou apelar para um remedinho. E, sim, investir num bombom. Com princípios
ativos fitoterápicos, o chocolate vendido em farmácias de manipulação — mas só
com receita — virou o queridinho de uma turma de pacientes que não pode passar
sem uma novidade.
Sim, paciente, pois, apesar
de o produto ser à base de cacau, não se trata apenas de um doce. Só pode ser
prescrito por nutricionistas e médicos. A dermatologista Paola Queiroz, que já
recomendou os bombons em seu consultório na Barra para mais de 50 pessoas,
explica que não se pode acabar com a caixa de guloseimas de uma vez só. A
panaceia tem até posologia.
— Esse é um tratamento
fitoterápico como qualquer outro. Sendo assim, também não pode ter abuso.
Geralmente, a dose é de dois por dia. Nada de comer dez de uma vez ou de dar
para as crianças, por exemplo — diz a médica, que costuma devorar alguns. —
Como às vezes o que tem picolinato de cromo e triptofano, que é o que diminui a
vontade de comer doce.
Preço salgado
Chocolates manipulados só podem ser feitos em farmácias
de manipulação Foto: Leo Martins
Depois de conhecer esses
chocolates especiais, há um ano, a nutricionista Sarah Stroppa passou a
indicá-los para pacientes com resistência insulínica, ansiedade e compulsão
alimentar:
— O formato de bombom faz
sucesso, pois, além dos benefícios conhecidos, o paciente ainda come um
chocolatinho acima de 70% de cacau, que é rico em antioxidantes, melhora
inflamação, melhora vascularização, o humor... Mas vale sempre lembrar que o
tratamento deve ser acompanhado por um profissional.
O armazenamento dos
chocolates de manipulação também precisa ser especial. Eles devem ficar longe
do calor e da umidade e alguns, dependendo da fórmula, não podem ficar mais de
suas horas fora da geladeira.
A farmacêutica Natália Pedrosa, da Pharma
Veritas, diz ter sentido desde o ano passado um aumento na procura pelos
chocolates com “recheio saúde”. Agora, todo dia ela recebe encomendas,
principalmente para o bombom de emagrecer. Mas também não têm ficado de fora os
que levam antioxidantes, probióticos, os que têm efeito termogênico,
anti-inflamatório e anti-TPM. Natália sempre prepara unidades de 10 gramas com
o cacau 70%. O preço, porém, não é tão doce. A caixa com 30 unidades sai a
cerca de R$ 100.
— Já fizemos experiências
com o chocolate 50%, mas o 70% tem mais qualidade. Está uma febre esse
chocolate. Acredito que ninguém vai deixar de comer o normal, mas, com cada vez
mais pesquisas, haverá mais opções saudáveis — diz Natália.
Moradora da Barra, a
empresária Beatriz Ferreira foi uma das que aderiram à moda. Ela usa há quase
um mês chocolate para controlar sua compulsão em comer o doce. O bombom é
consumido com hora marcada — às 16h ou depois do almoço:
— Eu me vi numa situação de
ansiedade. Descontei na comida e acabei ganhando oito quilos. Conversando com
minha nutricionista, falei que sempre tenho vontade de comer um docinho à
tarde. Ele me indicou esse bombom que tira a ideia de comer o tempo inteiro.
Já a advogada Carolina
Pequeno conheceu o chocolate por meio de uma amiga médica em 2017. Ela ganhou
uma receita para controlar a compulsão que se dá, principalmente, durante a
TPM. Também consome um bombom que estimula a produção de colágeno.
— O que me surpreendeu foi
que é um chocolate sem aquele gosto glicerinado, era gosto de chocolate mesmo —
opina Carolina, que relata apenas um “efeito colateral”:
— Como eu não tirei o normal
da minha vida, agora, sempre que eu como, fico com culpa.
Comentários
Postar um comentário
Olá, agradecemos a sua mensagem. Acaso você não receba nenhuma resposta nos próximos 5 minutos, pedimos para que entre em contato conosco através do WhatsApp (19) 99153 0445. Gean Mendes...