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A cultura do Messianismo político e suas consequências





No Brasil e no mundo, uma onda de crises estruturais está assombrando os países e, conquesentemente, o aumento do desemprego, violência e a queda na qualidade de vida. Em meio ao cenário de crise e dificuldades econômicas - as quais vão desencadear inúmeras consequências acima -  dois fenômenos  são facilmente perceptíveis, principalmente, na polítca; a ascensão da polarização e extremismos políticos; e a disseminação do ideal messiânico, ou seja, o Salvador da Pátria.

 O messianismo político é a defesa e ‘‘paixão cega’’ que um determinado grupo possui em relação a alguma figura política. No Brasil, vemos uma intensificação nesse fenômeno em meio a crise que foi vivenciada, por conta disso, a população busca ‘’refúgio’’ a essa figura que garanta a solução dos problemas de forma simples. Vivemos uma nova ‘‘Guerra Fria’’. ‘‘Troca de farpas entre líderes políticos e seus ‘torcedores’ acentuam a divisão do país, em um cenário no qual os opositores tocem pelo ‘quanto pior melhor’’.

A polarização ideológica mosta que o povo, de modo geral, possui o hábito de endeusar políticos, independente de posição ideológica ou partido. De forma simples, figuras políticas notam a situação caótica e atribuem um ‘‘culpado’’, geralmente sendo a oposição. Eles apresentam políticas e soluções ‘‘simples’’, porém tão ruins quanto os problemas já existente, que não não vão a fundo do real problema e deixam de lado toda análise da conjuntura. Para manutenção da triste sistuação atual, fazem uso de discurso polido para enganar a população ou, simplesmente, desviando foco.


Como já foi discorrido em outras colunas, a resolução de problemas na política não é algo fácil e muitos elementos precisam ser relativizados, além de analisados no seu período. Precisa-se ter uma linguagem simples e transparente para que a população entenda. Muitos economistas costumam usar de analogias simples com fins explicativos, uma que representa bem a implantação de políticas públicas e econômicas, e suas complexidades é a do transatlântico. Imagine nosso país como um complexo sistema, com inúmeras varáveis internas e externas, nele precisamos fazer diversas alterações – porém não extremas - para modificar um pouco do cenário  geral a longo prazo, análogo a um gigante navio transatlântico, que precisa virar muito seu leme, para alterar poucos graus da direção, entretanto, se virarmos muito rápido o leme trava.
 
 As figuras messiânicas ou populistas apresentam soluções análogas a um motorista de um carro 1.0, que com um simples virar no volante produzindo um cavalo de pau, muda totalmente o rumo do veículo.  Além dessa estratégia, de apresentar soluções simples, mudam o foco da discussão em um debate de ‘‘sujo’’ x ‘‘mal lavado’’, ou um ‘‘flaxflu eleitoral’’.

Temos casos explícitos dessas manifestações, por exemplo, o caso do senador Flávio Bolsonaro(PSL RJ) e seus escândalos de corrupção. O presidente e seus seguidores afirmam que é uma maneira de atingí-lo, o que pode ou não ser verdade – não entrarei na discussão que o direito permite – afinal, seu filho é político antigo e adulto, deve responder pelos seus atos. O que quero destacar é a defesa cega de Flávio Bolsonaro por seus seguidores e a comemoração do petismo em cima deste fato, como se a situação fosse ‘‘inocentar’’ um pouco o ex-presidente e condenado Lula, ou qualquer imagem suja do partido(nota-se messianismo dos dois lados).


A participação política da população não deve ser apenas em período eleitoral, precisa-se buscar informações para eleger os políticos e evitar os ‘‘deuses messias’’ com linguajar complexo, ou desviando o foco do que realmente é importante - seja criação de empregos, diminuição da violência e inflação, entre outras discussões muito mais importantes. Também é necessário entender que a política é um sistema complexo e impossível de trazer mudanças benéficas em apenas 4 anos que sejam duradouras. É sobre ter a consciência de projetos de melhorias e a compreensão do tempo que a conjuntura interna e externa pedem, sempre lembrando que todo político é humano, ou seja, sucetível a e falhas.

Fontes:
Instituto Liberal
Messianismo no Brasil - Origens



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