Relatório da PF afirma que dois investigados, presos
nesta terça, movimentaram, juntos, mais de R$ 627 mil entre março e junho. Juiz
vê 'fortes indícios' de organização criminosa.
A Polícia Federal (PF)
identificou movimentações "suspeitas" nas contas de dois dos quatro
investigados na operação que apura a invasão de celulares do ministro da
Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
Os detalhes constam da
decisão do juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, em
Brasília, que autorizou a prisão de quatro pessoas, além de buscas e
apreensões.
Segundo a decisão do juiz, o
relatório da PF sobre as investigações demonstra que dois investigados
movimentaram, juntos, mais de R$ 627 mil entre março e junho.
De acordo com a PF, o
cadastro bancário de um dos investigados mostra que a renda mensal dele era de
R$ 2,8 mil. Do outro, segundo a PF, era de R$ 2,1 mil.
"Diante da
incompatibilidade entre as movimentações financeiras e a renda mensal [...],
faz-se necessário realizar o rastreamento dos recursos recebidos ou
movimentados pelos investigados e de averiguar eventuais patrocinadores das
invasões ilegais dos dispositivos informáticos (smartphones)", diz o juiz
Vallisney de Oliveira.
Na decisão, o magistrado
também autoriza o bloqueio de valores que superem os R$ 1 mil nas contas dos
quatro investigados. Segundo ele, o pedido do Ministério Público Federal, que
desejava bloquear valores acima de R$ 10 mil de cada um, não pode ser atendido
agora porque trata-se de diferentes investigados e de movimentações
"bastante difusas e variadas entre eles".
'Organização criminosa'
Segundo a decisão do juiz, a
PF apresentou um "histórico de possíveis crimes praticados em conjunto
pelos quatro".
"Há fortes indícios de
que os investigados integram organização criminosa para a prática de crimes e
se uniram para violar o sigilo telefônico de diversas autoridades públicas
brasileiras via invasão do aplicativo Telegram", afirmou Vallisney na
decisão.
De acordo com o juiz, eles
também são investigados por terem invadido os celulares do desembargador Abel
Gomes (TRF-2), do juiz federal Flávio Lucas (18ª Vara Federal do Rio de
Janeiro), e dos delegados da Polícia Federal Rafael Fernandes (São Paulo) e
Flávio Reis (Campinas).
Conteúdo: ‘G1’
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