Enfermeira se passava por médica para clientes e realizava procedimentos estéticos em clínica de alto padrão em Santos, no litoral de São Paulo
Uma enfermeira que se
passava por médica para realizar procedimentos estéticos em uma clínica de alto
padrão em Santos, no litoral de São Paulo, foi detida e autuada por exercício
ilegal da medicina. De acordo com a Polícia Civil, a ‘falsa médica’ ainda se
apresentava com dermatologista e dizia ter cursado medicina na Universidade
Federal Fluminense (UFF). As informações foram divulgadas pela polícia nesta
quinta-feira (24).
A operação foi coordenada
por policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos que, após
investigação, cumpriram mandados de busca e apreensão no apartamento e no
consultório da enfermeira. Mithla Gonçalves de Oliveira, de 41 anos, atendia
seus pacientes em uma sala no Edifício Helbor Offices Vila Rica, no bairro
Boqueirão, e mora na Ponta da Praia.
No consultório, vários
medicamentos ministrados durante os procedimentos e fichas de pacientes foram
apreendidos. De acordo com a polícia, o material apreendido evidencia não
apenas o exercício ilegal da medicina por parte da enfermeira, como o alto valor
em dinheiro que ela recebia com essa prática.
Os policiais afirmam também
que a enfermeira mentia para seus clientes ao se apresentar como ‘dermato’ e,
ainda, dizia ter cursado medicina na UFF. Mitlha não tinha diploma de médica e,
como enfermeira, não tinha autorização para realizar os procedimentos estéticos
em seus clientes.
Pelo suposto exercício
ilegal da medicina, foi elaborado um termo circunstanciado (TC). O crime é
considerado infração de menor potencial ofensivo e não se impõe aos acusados
prisão em flagrante, devendo o delito ser apreciado pelo Juizado Especial
Criminal (Jecrim).
Falsificação
A ‘falsa médica’ ainda será
investigada pelos crimes de falsificação de documentos, falsidade ideológica e
furto. Com ela foram encontradas receitas médicas prescritas por ela, mas com
carimbo de outros médicos, o que caracteriza falsificação de assinatura.
Foram encontrados na bolsa
da autora dois carimbos de dois médicos diferentes, sendo que eles afirmaram
não terem emprestado ou fornecido os carimbos para ela. Além disso, há uma
receita médica apreendida com carimbo contendo o nome da autora, a inscrição
‘médica’ e o CRM/SP de um médico verdadeiro. Esse carimbo também foi
apreendido.
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