Por certo reproduz muitas das situações que diariamente
enfrentamos em nosso cotidiano, em que os cenários que se nos apresentam nem
sempre são aquilo que aparentam ser. Ei-la, pois!
Certa vez, a Mentira e a Verdade se encontraram.
A Mentira, dirigindo-se à Verdade, disse-lhe:
– “Bom dia, dona Verdade! ”
Zelosa de seu caráter, a Verdade, ouvindo tal saudação, foi
conferir se realmente era um bom dia. Olhou para o alto, não havia nuvens de
chuva; os pássaros cantavam; não havia cheiro de fumaça na mata; tudo parecia
perfeito.
Tendo se assegurado de que realmente era um bom dia,
respondeu:
– “Bom dia, dona Mentira! ”
– “Está muito calor hoje, não é mesmo”, disse a Mentira.
Realmente o dia estava quente demais. Desse modo, vendo que a
mentira estava sendo sincera, começou a relaxar, a “baixar a guarda”. Por qual
razão haveria de desconfiar, se a Mentira parecia tão cordial e “verdadeira”?
Diante do calor insuportável, a Mentira, num gesto de
aparente amizade, convidou a Verdade para juntas banharem-se no rio.
Como não havia mais ninguém por perto, a Mentira despiu-se de
suas vestes, pulou na água e, dirigindo-se à Verdade, disse-lhe, insistentemente:
– “Vem, dona Verdade, a água está uma delícia, simplesmente
maravilhosa. ”
O convite parecia irrecusável. Assim sendo, dona Verdade, sem
duvidar da Mentira, despiu-se de suas vestes, pulou na água e deu um bom
mergulho.
Ao ver que a Verdade havia saltado na água, rapidamente a
Mentira pulou para fora, em segundos vestiu-se com as roupas da Verdade que
estavam à margem e se mandou sorrateira.
Tendo suas roupas furtadas, a Verdade saiu da água e, por sua
vez – ciosa de sua reputação -, recusou-se a vestir-se com as roupas da
Mentira, deixadas para trás.
Certa de sua pureza e inocência, nada tendo do que se
envergonhar e não tendo outra opção que lhe fosse coerente, saiu nua a caminhar
na rua.
Desde então, aos olhos das pessoas, ficou mais fácil aceitar
a Mentira vestida com as roupas da Verdade do que aceitar a Verdade nua e crua.
É com essa parábola judaica que damos início à essa nova
edição do F5 (versão impressa).
Se você é o tipo de pessoa que prefere aceitar e conviver com
a verdade nua, continue lendo. Porém, se você prefere continuar se enganando e
aceitando a mentira vestida de verdade, então você estará fadado a viver a
mercê daqueles que te roubam e ficam com a maior parte. Você estará fadado a
viver com as migalhas que foram patrocinadas por sua própria ignorância.
QUEM É O
PAI?
Temos escutado falar nos quatro cantos da cidade sobre a
potência empresarial que Conchal está prestes a receber, a Zanchetta Alimentos.
A notícia causou um extremo alvoroço no meio político da
cidade. Políticos da atualidade e principalmente ex-prefeitos, ex-vereadores,
ex-assessores: todos levantando bandeiras políticas na tentativa de conquistar
ganhos eleitorais se aproveitando deste acontecimento histórico.
Todos estão se autoproclamando como o “Pai da criança”, é
claro né? A ideia de ser de fato o responsável por essa conquista geraria
muitos votos para cada um deles.
Uma coisa é certa, quando a criança é bonita e a mãe é rica,
todos desejam ser o pai, ou padrasto. E se fosse ao contrário? E se fosse uma criança
rebelde, com problemas na justiça e a mãe desta criança fosse pobre, sem
condições de arcar com o próprio sustento, será que alguém se habilitaria a
assumi-la como pai/padrasto?
É claro que não, afinal, Conchal tem diversos problemas
causados por esses mesmos que hoje culpam uns aos outros na tentativa de
justificar o próprio fracasso.
Por que será que o pai ou responsável pela dívida de 32
milhões, ou dos quase 40 milhões atuais, não sobe no palanque para gritar, “Eu
sou o pai da dívida que quebrou Conchal! ”?
Então eu, Gean Mendes, quero pedir, para que cada leitor ou
seguidor do F5, me ajude a descobrir quem é o pai das heranças deixadas para
nós cidadãos arcarmos com os pagamentos...
- Quem é o pai ou responsável pela dívida de 32 milhões, ou quase
40 milhões, que todos temos que pagar?
- Quem é o pai da dívida do bairro Esperança 3?
- Quem é o pai da dívida milionária do fundo de previdência
dos servidores municipais?
- Quem é o pai ou responsável pela dilapidação do patrimônio
histórico municipal (exemplo “Fonte da praça central)?
- Quem é o pai que tirou comida da boca da criança ao
superfaturar milhões em notas fiscais na compra de suco de laranja para merenda
escolar?
- Quem é o pai da obra da represa que hoje encontra-se
abandonada?
- Quem é o pai ou padrasto da piscina do ginásio de esportes
que custou milhões aos bolsos dos contribuintes e há anos está abandonada?
- Quem é o pai dos mais de 2 milhões que desapareceram do
caixa do FUNDEB, dinheiro da educação? (Esse precisa fazer um exame de DNA).
- Quem é o pai ou responsável pelo sucateamento do sistema
hídrico do município?
- Quem é o pai da dívida dos semáforos do centro da cidade e
da rua Camilo Chagas?
- Quem é o pai ou padrasto do quase fechamento (falência),
por falta de repasses financeiros ao Hospital Madre Vaninni?
- Quem é o pai daquele grande “elefante branco”, que chamam
de construção da nova Câmara Municipal que, atualmente, tem seu processo
investigado pelo Ministério Público, por suspeitas de irregularidades nas
licitações?
- Quem é o pai ou responsável das milhares de pessoas que já
morreram por falta de tratamento digno à saúde?
- Quem é o pai das milhares de pessoas que são condicionadas
a se alimentarem das migalhas jogadas pelos barões da política conchalense, mas
que em anos eleitorais recebem dinheiro, em troca do voto, para comerem aquele
delicioso churrasquinho e beberem aquela cervejinha ou refrigerante de terceira
linha?
Pois bem. Certamente você já identificou, ou pelo menos já
imagina quem são os pais das “crianças” órfãs contadas neste texto, agora cabe
a você fazer a escolha de aceitar a verdade nua e crua ou continuar acreditando
nas mentiras vestidas de verdades, contadas por grande parte dos políticos da sua
cidade.
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