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Na contramão da pandemia, blocos e camarotes seguem vendendo abadás para carnaval de 2021 em Salvador




O destino das grandes festas em 2021 ainda é incerto, mas a indústria do carnaval de Salvador não suspendeu as vendas de blocos e camarotes nem com a pandemia da Covid-19. Tradicionais ou não, as agremiações seguem ofertando a grande vantagem de curtir algo que ainda não tem data para ser comemorado.

Promoções de virada de preço, divulgação de fantasias e descontos são alguns dos benefícios dados por grandes blocos. Se as vendas seguem a todo vapor, os foliões seguem a toda desconfiança, já que as tentadoras ofertas não garantem a segurança de quem pula atrás do trio.



O estudante de Direito Edson Fahel, de 22 anos, costuma acompanhar grandes estrelas da música baiana, como Ivete Sangalo e Claudia Leitte. Para ele, o mês de fevereiro de 2021 tem tudo para ser doloroso.

"Eu amo o carnaval, mas entendo não ser o momento adequado. Pelo menos até termos uma vacina segura, e termos uma vacinação da maior parte da população ativa. Não acredito que isso acontecerá tão rápido, por isso não comprei nada e não pretendo", disse Edson.



Nas redes sociais, blocos anunciam vendas abertas e alguns chegam a fazer contagem regressiva para o carnaval. Camarotes também seguem vendendo abadás e prometendo festa, inclusive com enquete para que os foliões escolham as atrações que querem curtir em 2021.

O G1 tentou contato com várias assessorias para comentar a situação, mas não obteve retorno de nenhuma delas.



Até a publicação desta reportagem, o único bloco que anunciou que não vai desfilar é o Me Abraça, geralmente puxado pelo cantor Durval Lelys. Em um comunicado aos associados, o bloco informou que a decisão foi tomada por causa da pandemia e que espera o retorno à normalidade o mais rápido possível.

Em maio deste ano, o Camarote Salvador, um dos mais luxuosos e tradicionais do carnaval, anunciou a política de devolução do valor dos pacotes caso carnaval não aconteça em 2021. Porém, até esta quinta-feira (22), as vendas continuam disponíveis para a possível festa no ano que vem.



Quem também está esperando a normalidade é o diretor financeiro Ricardo Rodrigues. Ele, que é de Brasília, contou que pretende pular o carnaval em Salvador quando a festa acontecer.

"Já tenho as passagens para a época 'oficial' do carnaval, mas se for ter outra data vou querer ir também. A sensação é de ansiedade... Seria a primeira vez em 10 anos que corro o risco de não passar carnaval em Salvador e isso me preocupa demais. Não quero perder nenhum ano dessa festa. Se tiver duas, eu venho fácil", disse.



Queda nas vendas e adiamento

O diretor da Central do Carnaval, uma das empresas que reúne vendas dos festejos, Joaquim Nery, disse que apesar dos blocos estarem sendo vendidos, houve queda significativa de compra. Segundo ele, os abadás estão sendo comercializados porque é a tradição, mas não há incentivo ao consumo.

“Como tradição, nós sempre abrimos venda na quarta-feira de cinzas e ainda não tinha a perspectiva de uma pandemia. Muita gente se interessa, existem vantagens promocionais, parcelamento e preço bom. Desde março nós temos apostado na postura passiva, não temos incentivado venda, não temos estimulado. De abril para cá, as vendas pararam. Não tem tido venda significativa alguma", disse ele.



No mês de julho, o prefeito ACM Neto havia declarado que, se não houver vacina até novembro, a prefeitura não terá segurança para manter o carnaval. Com isso, surgiram os boatos de um possível adiamento do feriado, que acabaram sendo ponderados por Neto.

Em uma avaliação para não prejudicar também os festejos juninos, ACM Neto sinalizou a possibilidade da folia ser realizada em julho. O diretor da Central do Carnaval disse que segue aguardando uma definição.



“A gente está no aguardo de uma decisão do poder público. Tudo o que nós temos conversado com prefeitura, ou através de intermediários, é no sentido de que a prefeitura não tem como garantir festa. Como o carnaval é uma festa que depende de autorização pública, e para o carnaval 2021 ainda não foi tomada a decisão, a gente aguarda", falou Joaquim Nery.

Folião "das antigas", o dentista Yuri Vivas também está com o pé atrás com o combo carnaval e pandemia. Ele que curte a folia soteropolitana há 27 anos, disse que acha prudente o adiamento da festa.



"Mesmo gostando demais do carnaval de Salvador, acho mais prudente que seja adiado. Seria impossível um controle. Se a praia está difícil se estabelecer regras, quanto mais uma festa do tamanho do Carnaval", ponderou Yuri.

Enquanto uma vacina da Covid-19 não sai, e as datas para a folia não são cravadas pelas autoridades, baianos e turistas podem se consolar com playlists antigas para matar a saudade e conter a ansiedade para pular atrás do trio. "Diga que valeu!".

*Com informações de G1.




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