Um projeto desenvolvido durante a Iniciação Científica que virou Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e vai se transformar em um legado para beneficiar o aprendizado de muitos outros estudantes. Essa é a história da impressora 3D de grandes dimensões projetada e montada por três alunos da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Mogi Mirim.
O projeto começou em 2018, quando Lucas Armentano Garcia Moreno, Gabriel Garcia da Silva e Willian Dias Marques, do curso superior de tecnologia de Mecatrônica, decidiram investir na ideia de construir algo que não fosse facilmente encontrado no mercado. Uma impressora 3D comum não era uma opção porque hoje é possível comprar na internet as peças para montar esse tipo de equipamento. Mas algo bem mais complexo como uma impressora industrial era a oportunidade que os jovens buscavam.
“Foi um belo desafio porque nós construímos ou mandamos fazer as peças da impressora”, conta Lucas. Um exemplo é a mesa térmica, que é a estrutura sobre a qual o objeto é impresso. Segundo o estudante, é fácil encontrar mesas com 20 centímetros de área útil, mas eles precisavam de uma placa com 70 centímetros e foi preciso encomendá-la sob medida. Para se ter uma ideia, a impressora montada ocupa uma área de um metro cúbico.
Além de projetar e construir, os jovens também conseguiram apoios financeiros e doação de materiais. Para finalizar o projeto, os alunos receberam uma contribuição em dinheiro da Balestro, empresa com sede em Mogi Mirim, e ganharam o filamento para ser usado nas impressões da associação comercial da cidade.
Laboratório
Depois de tanto trabalho e aprendizado, Lucas e seus colegas doaram a impressora para a Fatec e os planos para o equipamento são muitos. Segundo o orientador do grupo, Helder Anibal Hermini, a impressora 3D de grandes dimensões fará parte de um laboratório de manufatura digital avançada que está sendo montado na unidade.
Ao lado da impressoras estarão instalados dois routers (equipamentos usados para esculpir peças), uma máquina de corte a laser e um scanner 3D. Todos já montados ou em fase de montagem por estudantes da Fatec. “Com esse laboratório, por exemplo, nós poderíamos montar robôs didáticos para os nossos alunos”, explica Hermini. Um robô desse tipo custa hoje cerca de US$ 20 mil.
O educador diz que projetar e construir dispositivos como esses é um exemplo de uso de metodologias ativas, processo pedagógico que faz com que o aluno seja o protagonista de sua aprendizagem. “O projeto de uma máquina dessas integra praticamente todos os conhecimentos adquiridos no curso.” Lucas concorda: “A gente vê o que aprendeu nas aulas se tornar real”.
*Com informações de Centro Paula Souza.
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