A Defensoria Pública da União enviou, nesta quinta-feira (8),
um ofício ao governador de São paulo, João Doria. Após a solicitação, ele terá
15 dias para prestar uma série de esclarecimentos relacionados a vacinação em
São Paulo e sua estratégia de imunização.
A Defensoria cobra, entre várias informações, o número
efetivo de doses de vacinas recebidas pelo governo de São Paulo dos mais
diversos fornecedores - União e empresas fabricantes por meio de aquisição
direta - e o número de doses efetivamente aplicadas até terça-feira (6).
Quer ainda, como está num trecho do ofício, que sejam
apresentadas razões que justifiquem "a formação de reserva técnica de
vacinas para aplicação da 2° dose, ao invés de se priorizar a vacinação do
maior número possível de pessoas com a 1° dose, considerando a estimativa de
que, com a vacinação em massa de países da América do Norte e Europa, a oferta
de vacinas no mundo tende a aumentar exponencialmente nos próximos dias e
meses, o que se comprova, aliás, com o aumento exponencial de vacinação no
Brasil no último mês com a marca atingida de um milhão de imunizados em um
único dia.
A Defensoria pede ainda detalhes "sobre o tempo gasto,
em média, entre o recebimento de doses de vacina para a Covid-19, de acordo com
cada fornecedor, e a efetiva aplicação no paciente".
Doria terá ainda que explicar como usou os "recursos
ordinários e extraordinários repassados pela União e orçamento do próprio
voltados ao enfrentamento da Pandemia da COVID-19". Se tiver saldo
positivo, a gestão tucana também terá que informar a Defensoria.
Para completar, ainda terá que mostrar a evolução do uso de
leitos por covid-19, bem como a quantidade de oxigênio hospitalar e
medicamentos para intubação utilizados no estado.
O documento é assinado pelo defensor público geral federal,
Daniel de Macedo Alves Pereira, e pelo defensor nacional dos direitos hmanos,
André Ribeiro Porciúncula. Ao todo são 17 questões sobre o enfrentamento da
pandemia pelo governo de São Paulo - tema em que em várias situações opôs o
governador João Doria ao presidente da República, Jair Bolsonaro.
Na tarde desta quinta-feira (8) o governo do estado se
pronunciou sobre o ofício através de uma nota de sua Secretaria de Comunicação.
Ao final da resposta a nota do governo diz que a Defensoria deveria questionar
por que a União esnobou 130 milhões de doses de vacinas contra a COVID-19.
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