ONU: relatório sobre clima é "alerta vermelho" - Documento, divulgado hoje, faz avaliação dos últimos sete anos
Agência Brasil
O relatório sobre o clima, publicado hoje (9) pelo Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), é um
"alerta vermelho" que deve fazer soar os alarmes sobre as energias
fósseis que "destroem o planeta". A afirmação foi feita pelo
secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.
O relatório mostra uma avaliação científica dos últimos sete
anos e "deve significar o fim do uso do carvão e dos combustíveis fósseis,
antes que destruam o planeta", segundo avaliação de Guterres, em
comunicado.
O relatório estima que o limiar do aquecimento global (de +
1,5° centígrado), em comparação com o da era pré-industrial, vai ser atingido
em 2030, dez anos antes do que tinha sido projetado
anteriormente, "ameaçando a humanidade com novos desastres sem
precedentes".
"Trata-se
de um alerta vermelho para a humanidade", disse António Guterres. "Os
alarmes são ensurdecedores: as emissões de gases de efeito estufa provocadas
por combustíveis fósseis e o desmatamento estão sufocando o nosso planeta", disse o
secretário.
"Se
unirmos forças agora, podemos evitar a catástrofe climática. Mas, como o
relatório de hoje indica claramente, não há tempo e não há lugar para
desculpas", apelou Guterres.
Relatório
De acordo com o documento do IPCC, a temperatura global
subirá 2,7 graus em 2100, se se mantiver o atual ritmo de emissões de gases de
efeito estufa. No novo relatório, que saiu com atraso de meses devido à
pandemia de covid-19, o painel considera vários cenários, dependendo do nível
de emissões que se alcance.
Manter a atual situação, em que a temperatura global é, em
média, 1,1 grau mais alta que no período pré-industrial (1850-1900), não seria
suficiente: os cientistas preveem que, dessa forma, se alcançaria um aumento de
1,5 grau em 2040, de 2 graus em 2060 e de 2,7 em 2100.
O estudo da principal organização que estuda as alterações
climáticas, elaborado por 234 autores de 66 países, foi o primeiro a ser
revisto e aprovado por videoconferência.
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