Durante a pandemia de Covid-19, aumentou muito o número
de brasileiros que usam aplicativos de entrega para pedir comida. Imagina
você fazer um pedido, achar que está pagando uma taxa de entrega de menos de R$
4 e depois descobrir que mais de R$ 2,5 mil foram debitados da sua conta?
Tatiana foi vítima do golpe da maquininha quebrada. Ela fez
um pedido por um aplicativo de entregas. Não muito tempo depois, recebeu uma
mensagem do entregador no próprio aplicativo. Ele dizia que tinha sofrido um
acidente, voltado ao restaurante e que estavam pedindo o telefone dela para
resolver o problema com a entrega. Uma tentativa de comunicação fora do
aplicativo? Nesse momento talvez já fosse o caso de se perguntar: é golpe? A
Tatiana desconfiou, mas, na pressa, acabou passando o número do celular.
Segundo Tatiana, uma moça ligou para ela dizendo que era
gerente da loja e que o entregador iria até a casa dela entregar a sobremesa e
cobrar uma taxa de R$ 3,90. E realmente apareceu um entregador.
“Geralmente
esses golpes são aplicados por uma pessoa que se diz entregador. Mas ela não é
um entregador. O entregador está preocupado em gerar renda para a sua família,
principalmente num período de pandemia”, diz Victor Magnani, presidente da
Associação Brasileira de Online to Offline.
Ficar atento a alguns sinais de alerta já diminui — e muito —
a chance de acabar no prejuízo. O primeiro indício de golpe é o entregador
mandar mensagem dizendo que teve um contratempo (em geral, um acidente) e que o
restaurante vai precisar do número de telefone do cliente para resolver a questão
da entrega.
O segundo sinal de alerta é a cobrança de uma taxa extra: “Toda vez que há uma comunicação sobre um valor extra que não está identificado dentro da plataforma, com certeza você está diante de um golpe”, afirma Magnani.
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