Maioria das indústrias buscou inovar na pandemia, diz pesquisa – Conseguir produzir com menos custos é uma das metas que continuará sendo buscada
*Agência Brasil – Por Luciano Nascimento
A pandemia do novo coronavírus (covid-19) levou grandes e
médias indústrias a investir em processos de inovação para aumentar a
competitividade. É o que aponta pesquisa da Confederação Nacional da Indústria
(CNI) divulgada hoje (19). De acordo com o estudo, realizado pelo Instituto FSB
Pesquisa, oito em cada dez indústrias inovaram e viram crescer a produtividade
e os resultados financeiros.
O levantamento teve por objetivo mapear a percepção de
executivos de empresas no Brasil sobre o atual cenário de inovação dentro e
fora das principais companhias em atividade no país. Foram entrevistados
executivos de 500 indústrias durante o mês de setembro e a amostragem foi
controlada por porte das empresas (médias e grandes) e setor de atividade.
Do total de empresas industriais de médio e grande porte, 88%
promoveram alguma inovação durante a pandemia de covid-19, como forma de buscar
soluções para a crise imposta pelo contexto sanitário.
“Dentre o total de empresas ouvidas, 80% registraram ganhos
de produtividade, competitividade e lucratividade decorrentes de inovações.
Outras 5% tiveram dois desses ganhos e 2%, um ganho. Apenas 1% das indústrias
brasileiras inovou e não viu nenhum incremento em seus resultados. Os dados
mostram que somente 13% dos executivos entrevistados disseram que suas empresas
não inovaram durante a pandemia”, informou a CNI.
O levantamento indica, também, que 51% das indústrias não
possuem setor específico voltado para a renovação. Os dados apontam, ainda, que
63% das empresas pesquisadas não têm orçamento reservado para inovação e 65%
não dispõem de profissionais exclusivamente dedicados a mudanças.
Dificuldades
De acordo com a pesquisa, as principais causas para
dificuldade em mudar durante a pandemia são acessar recursos financeiros de
fontes externas (19%), a instabilidade do cenário externo (8%), a contratação
de profissionais (7%), falta de mão de obra qualificada (8%) e o orçamento da
empresa (6%).
Os dados mostram, ainda, que a pandemia trouxe alterações na
produção das empresas, com 67% dos entrevistados afirmando que a covid-19
evidenciou alterações na relação com os trabalhadores; 60% disseram que tiveram
alterações nas vendas; 59% nas relações com clientes; 58% na gestão; 53% nas
linhas de produção; 51% na utilização de tecnologias digitais e 44% na
logística.
Segundo a CNI, entre os entrevistados, 79% responderam que
foram prejudicadas com a pandemia, com destaque para a Região Nordeste, que
concentrou 93% das respostas positivas. E 58% das indústrias disseram que a
cadeia de fornecedores foi a mais prejudicada, seguida de vendas (40%) e linhas
de produção (23%).
Ao mesmo tempo, 20% dos executivos disseram que foram pouco
ou nada prejudicados pela pandemia. No total, 55% das empresas afirmaram que
tiveram aumento no faturamento bruto.
Comentários
Postar um comentário
Olá, agradecemos a sua mensagem. Acaso você não receba nenhuma resposta nos próximos 5 minutos, pedimos para que entre em contato conosco através do WhatsApp (19) 99153 0445. Gean Mendes...