Varíola dos macacos: Anvisa defende distanciamento físico 'sempre que possível' e uso de máscaras em aeroportos para tentar impedir contaminação no Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou
uma nota em que recomenda a adoção medidas de proteção em aeroportos para adiar
a chegada da varíola dos macacos ao Brasil.
"Considerando-se
as formas de transmissão da varíola dos macacos, a Anvisa reforça a importância
das medidas de proteção à saúde a serem adotadas em aeroportos e
aeronaves", disse a agência.
"Tais
medidas não farmacológicas, como o distanciamento físico sempre que possível, o
uso de máscaras de proteção e a higienização frequente das mãos, têm o condão
de proteger o indivíduo e a coletividade não apenas contra a Covid-19, mas
também contra outras doenças".
A varíola dos macacos é uma infecção viral geralmente leve
que é endêmica em partes da África Ocidental e Central. Ela se espalha
principalmente por contato próximo e, até o recente surto, raramente era vista
em outras partes do mundo. A maioria dos casos recentes foi relatada na Europa.
Na terça-feira (24), o Ministério da Saúde informou ao g1 que
"instituiu, nesta segunda-feira (23), uma Sala de Situação para monitorar
o cenário da varíola dos macacos (monkeypox) no Brasil".
"A
medida inicialmente tem como objetivo elaborar um plano de ação para o
rastreamento de casos suspeitos e na definição do diagnóstico clínico e
laboratorial para a doença. Até o momento, não há notificação de casos
suspeitos da doença no país", afirmou a pasta.
O ministério disse, ainda, que "encaminhou a todos os estados o Comunicado de Risco sobre a
patologia, com orientações aos profissionais de saúde e informações disponíveis
até o momento sobre a doença".
Posicionamento
da Anvisa
Considerando-se as formas de transmissão da varíola dos
macacos, a Anvisa reforça a importância das medidas de proteção à saúde a serem
adotadas em aeroportos e aeronaves, previstas na Resolução RDC nº 456/2020.
Tais medidas não farmacológicas, como o distanciamento físico
sempre que possível, o uso de máscaras de proteção e a higienização frequente
das mãos, têm o condão de proteger o indivíduo e a coletividade não apenas
contra a Covid-19, mas também contra outras doenças.
Destaca-se que, nos termos da Lei nº 9.782, de 1999, compete
à Anvisa a execução da vigilância epidemiológica em portos, aeroportos e
fronteiras, devendo-se pautar por orientação técnica e normativa do Ministério
da Saúde.
A Anvisa mantém-se alerta e vigilante quanto ao cenário
epidemiológico nacional e internacional, acompanhando os dados disponíveis e a
evolução da doença, a fim de que possa ajustar as medidas sanitárias
oportunamente, caso seja necessário à proteção da saúde da população.
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