Instituto recruta voluntários para teste de vacina contra chikungunya - Voluntários devem ser adolescentes de 12 a 18 anos de idade
O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital
paulista, esta recrutando voluntários adolescentes, de 12 a 18 anos de idade,
para participar dos testes da primeira vacina contra a chikungunya. O
imunizante já se provou seguro e eficiente em pesquisa realizada nos Estados
Unidos com 4.115 adultos, e agora está em fase final de aprovação no órgão
regulador norte-americano.
No Brasil, o estudo, encabeçado pelo Instituto Butantan, está
recrutando 750 adolescentes em dez centros de pesquisa. No estado de São Paulo,
o Instituto de Infectologia Emílio Ribas é o responsável pelos testes, que já
começaram a ser feitos em uma parcela dos adolescentes participantes, no início
do ano.
“A vacina é segura, e é uma dose única. Ela é muito
importante porque ela combate uma doença que pode ter manifestações sistêmicas,
como febre, muita dor no corpo, dor nas juntas, e casos mais graves, no caso de
encefalite e até óbito. A vacina se mostrou segura nos adultos e, até o
momento, nos adolescentes vacinados no Brasil, tem se mostrado segura”, disse a
infectologista e pesquisadora do Instituto de Infectologia Emílio Ribas Ana
Paula Veiga, coordenadora principal dos testes em São Paulo.
“Nós temos bastante experiência, fizemos parte do estudo da
vacina CoronaVac, junto ao Butantan, tivemos vários voluntários, então é uma
equipe bastante experiente em relação à pesquisa clínica, que vai dar suporte
para o voluntário e para sua família”, disse a infectologista.
Para fazer parte da pesquisa, o interessado deverá fazer o
cadastro no formulário do instituto ou entrar em contato com o Centro de
Pesquisa pelo número 11 9 1026 6996 (Whatsapp) ou 11 3896 1302 (telefone).
Outras informações sobre a vacina estão disponíveis no site do estudo do
Butatnan.
Para participar dos testes é obrigatória a autorização dos
pais ou responsáveis. Na primeira visita presencial, tanto o adolescente quanto
os acompanhantes adultos terão que assinar um termo de consentimento. O
documento traz todas as regras do estudo. Nesta primeira etapa, também são
feitas consultas médicas e exames laboratoriais para se constatar que o
voluntário está apto a participar do estudo.
Nas etapas seguintes, o voluntário receberá a dose da vacina,
que pode ser de imunizante ou de placebo. O jovem, então, passará a ser
monitorado pela equipe multidisciplinar da Unidade de Pesquisa especialmente
por meio de visitas presenciais à unidade e por conversas pelo whatsapp. Um
médico do estudo estará disponível 24 horas por dia, por telefone, para tirar
dúvidas ou apoiar com atendimentos de qualquer eventual emergência. Caso o
participante apresente algum evento adverso, ele poderá receber atendimento no
Emílio Ribas.
Atualmente, não há vacinas disponíveis contra a chikungunya.
A doença é causada por vírus transmitido por mosquitos, como Aedes aegypti, o
mesmo que causa a dengue.
*Agência Brasil
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