Agência Brasil |
O PL enviou hoje (23) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um
requerimento para pedir que seja mantido o andamento da petição na qual a
legenda pede a anulação de votos do segundo turno das eleições, realizado em 30
de outubro.
Em entrevista coletiva, o presidente do partido, Valdemar
Costa Neto, disse que levantamento apontou “mau funcionamento e quebra de
confiabilidade dos dados extraídos” em 279 mil urnas. Caso sejam
desconsiderados os votos das urnas que teriam “indícios” de problemas, Jair
Bolsonaro teria 1,078 milhão de votos a mais que o presidente eleito, Luiz
Inácio Lula da Silva.
“Pedimos ao TSE que decida a situação. Não se trata e fazer
uma nova eleição”, afirmou. “O voto é seguro, por isso temos que fazer esse levantamento.
Se isso for uma mancha, temos que resolver agora”, completou.
Costa Neto afirmou ainda que a verificação de possíveis erros
foi restrita ao segundo turno por “coincidência” ou “tecnologia”, já que
segundo o presidente do partido, a consultoria contratada verificou o erro
apenas nessa etapa do pleito. No primeiro turno, o PL elegeu a maior bancada do
Congresso Nacional, com 99 deputados e 14 senadores. Ontem (22), o presidente
do TSE, ministro Alexandre de Morais, determinou que o partido tinha 24 horas
para fazer um acréscimo ao pedido anterior e, assim, estender o questionamento ao
primeiro turno das eleições.
“O PL não se opõe à verificação no primeiro turno, mas seria
mais fácil começar pelo segundo turno”, disse. “A decisão do partido foi de se
limitar ao segundo turno para facilitar a defesa dos implicados no segundo
tuno, que é de apenas um candidato”, acrescentou.
Questionado sobre as provas ou indícios que poderiam atestar
os problemas apontados, o advogado Marcelo Bessa se limitou a responder que
“todas as respostas estão no relatório” apresentado ao TSE.
"A coligação autora requer seja mantido como escopo
inicial da verificação extraordinária o segundo turno da eleição de 2022, e,
uma vez constatado o mau funcionamento e a quebra de confiabilidade dos dados
extraídos de parte das urnas eletrônicas utilizadas no
pleito, esse egrégio Tribunal Superior Eleitoral então adote, de forma
consequencial, observados os princípios do contraditório e da ampla defesa dos
interessados, os efeitos práticos e jurídicos necessários para ambos os turnos
das Eleições Gerais de 2022", escreveu o partido.
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