Força-tarefa destrói dez garimpos ilegais na Amazônia - Operação da PF, PRF e Força Nacional teve duração de 17 dias
Composta por agentes da Polícia Federal (PF), Polícia
Rodoviária Federal (PRF) e da Força Nacional, além de servidores da Agência
Brasileira de Inteligência (Abin) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio), a força-tarefa deflagrou a chamada Operação Aurum em
18 de maio. O balanço da iniciativa, encerrada no último dia 3, foi divulgado
neste sábado (10).
Segundo a PF, foram apreendidas 13 escavadeiras hidráulicas, um trator esteira, seis motocicletas, três quadriciclos, 61 barracos, 16 motores geradores de energia, 20 motores bombas, sete dragas, além de nove armas de fogo e outros equipamentos usados no garimpo ilegal, como embarcações e mercúrio.
Espécies
raras
A Floresta Nacional de Urupadi foi criada em maio de 2016. Na
mesma ocasião, o governo federal criou outras quatro unidades de conservação
(UCs) federais (Área de Proteção Ambiental Campos de Manicoré; Reserva
Biológica Manicoré; Parque Nacional do Acari e a Floresta Nacional do Aripuanã)
e ampliou a área da Floresta Nacional Amana.
Na ocasião, o ICMBio sustentou que a criação das novas
unidades de conservação entre as bacias dos rios Madeira e Tapajós representava
“uma nova fronteira de desenvolvimento socioambiental”, reforçando ações
conservacionistas no sul do Amazonas, região que, segundo o instituto, é de
extrema importância ambiental.
Ainda de acordo com o ICMBio, a região abriga exemplares de pássaros e primatas endêmicos, ou seja, que só são encontrados naquela área. Só entre os primatas locais, há três espécies endêmicas (Mico manicorensis, Callibella humilis, Callicebus bernhardi) e nove consideradas vulneráveis à extinção. Além disso, especialistas estimam que 800 espécies de aves vivam na região, o que equivale à quase metade de todo o conjunto de aves registradas no Brasil. Além disso, algumas das aves encontradas na região ainda são pouco conhecidas por cientistas – que também já apontaram a possibilidade de haver, na região, espécies de peixes ainda não descritas por especialistas.
Ao criar e ampliar as unidades de conservação, em maio de
2016, o governo federal assegurou que a medida permitiria “o incremento da
economia local baseado no manejo florestal sustentável” e que, em parte da área
seria possível desenvolver o ecoturismo, dadas a beleza natural da região.
Quanto à Floresta Nacional de Urupadi, o Instituto Chico Mendes informou que a
unidade proporcionaria “maior segurança para a Estação Ecológica (Esec) Alto
Maués, contribuindo para a conservação de primatas que vivem na área”.
Comentários
Postar um comentário
Olá, agradecemos a sua mensagem. Acaso você não receba nenhuma resposta nos próximos 5 minutos, pedimos para que entre em contato conosco através do WhatsApp (19) 99153 0445. Gean Mendes...