Gripe aviária : Japão suspende compras de aves do ES - Decisão é temporária e, na avaliação do setor, não está de acordo com orientações da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)
O governo do Japão anunciou nesta quarta-feira (28/6) a suspensão temporária de compra de aves provenientes do Espírito Santo, em função do surto de gripe aviária em aves silvestres e um foco encontrado em um pato de criação doméstica no Estado.
Segundo comunicado do Ministério da Agricultura japonês, o
objetivo “é evitar que as aves vivas criadas no Japão sejam infectadas com o
vírus e para fins de sanidade alimentar”.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lamentou a
decisão do Japão.
“A ABPA ressalta que a decisão tomada pelas autoridades
japonesas não está em linha com as orientações da Organização Mundial de Saúde
Animal (OMSA), que indica suspensão de comércio apenas em casos registrados em
produção comercial”, disse em nota. A entidade lembrou que a avicultura
industrial do Brasil segue sem qualquer registro da enfermidade.
A suspensão japonesa se deu após ocorrência de foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em um pato de subsistência (fundo de quintal) no município de Serra (ES), confirmada pelo Ministério da Agricultura brasileiro na véspera.
O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito
Santo (Idaf/ES) está adotando as medidas de controle e erradicação do vírus no
foco, além de reforçar as ações de vigilância clínica nas áreas do entorno, em
um raio de até 10km. A depender da evolução das investigações e do cenário
epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas, disse em nota a Secretaria
de Agricultura do Estado.
Dimensão
Ainda segundo a associação, atualmente, o Japão não importa
produtos do Espírito Santo. O Estado representa 0,19% do total de frango
exportado pelo Brasil, conforme dados de 2022.
“De qualquer forma, independentemente ao fato registrado, a
ABPA lembra que não há qualquer risco de transmissão da enfermidade por meio do
consumo de produtos”, enfatizou, citando que há respaldo da Organização Mundial
da Saúde (OMS), OMSA e todos os órgãos internacionais de saúde humana e animal.
Ao todo, o Brasil contabiliza 53 focos da doença até o
momento, sendo 52 em aves silvestres e um em criação doméstica.
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