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Recuperando áreas da floresta degradadas no passado, Brasil contribui mundialmente para a transição energética - A operação da palma de óleo no país não desmata as florestas e une descarbonização da Amazônia e desenvolvimento econômico, com foco especialmente em geração de emprego e renda

A definição mais comum para o termo desenvolvimento sustentável é aquele desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade de atender necessidades de futuras gerações, isto é, o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. “Para tornar o termo mais palpável, a própria ONU desenvolveu os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), que são agrupados em 17 objetivos ambiciosos e, muitas vezes, interconectados, que abordam os principais desafios de desenvolvimento”, explica Stephanie Maalouf, engenheira ambiental pela Poli-USP.

Nesse sentido, é claro que estamos falando, entre outras questões, de combater as mudanças climáticas e agir para minimizar os impactos ambientais das nossas ações como sociedade. Entre diversas outras atitudes que precisamos adotar, está a aceleração da transição energética — uma necessidade global para que haja uma redução significativa na dependência de fontes de energias não-renováveis, como petróleo e carvão.

E o Brasil pode sair na frente nessa missão, uma vez que conta com um grande potencial para aproveitar suas riquezas naturais. O país possui uma das maiores matrizes energéticas renováveis do mundo — que engloba desde a energia hidrelétrica, já bastante utilizada em território nacional, até o uso de biocombustíveis, como o biodiesel e o etanol, além das possibilidades com as energias eólica e solar. E por aqui, pioneiro na criação de soluções sustentáveis para a geração de energia renovável nos sistemas isolados da região amazônica, com usinas termelétricas movidas a biocombustíveis produzidos na região, o Grupo BBF (Brasil BioFuels) ajuda a desenvolver o agronegócio sustentável no pulmão da Amazônia. A empresa, que é a maior produtora de óleo de palma da América Latina, recupera áreas degradadas, sequestra carbono da atmosfera e gera emprego e renda para a região. 

O Grupo BBF tem um modelo de negócio integrado e verticalizado, em que domina toda a cadeia produtiva. A companhia desenvolve todas as suas atividades a partir de um ciclo que envolve desenvolvimento socioeconômico, geração de empregos — são cerca de 7 mil empregos diretos e outros 18 mil indiretos — e preservação ambiental. No Norte do Brasil, a palma de óleo é cultivada de forma sustentável, do plantio ao processamento do fruto. Atualmente, são 75,6 mil hectares cultivados com a palma de óleo — 15,2 mil hectares em São João da Baliza (RR) e 60,3 mil hectares no Pará, em quatro polos de produção agrícola, localizados nos municípios de Acará, Concórdia, Moju e Tomé-Açu. Nas regiões, estão 11 milhões de árvores de palma de óleo plantadas pelo Grupo BBF em áreas degradadas da Amazônia e que estão recuperando a vida e o bioma da floresta.

Pré-sal verde

A empresa brasileira atua essencialmente de forma a explorar o que o CEO da companhia, Milton Steagall, chama de “pré-sal verde”, isto é, os milhões de hectares de áreas degradadas disponíveis para serem recuperadas com o cultivo sustentável da palma de óleo, que permite a produção de biocombustíveis, biotecnologia e geração de energia renovável.

Em 2010, o decreto federal 7.172 estabeleceu o Zoneamento Agroecológico da Palma de Óleo. A lei surgiu a partir de um robusto trabalho conduzido pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que definiu as áreas em que a cultura poderia ser desenvolvida de forma sustentável, de modo a recuperar áreas já degradadas anteriormente e cuidar da proteção das outras. A partir daí, surgia então um caminho positivo para promover a preservação ambiental e, em paralelo, a equidade social — uma vez que o cultivo da palma abria a possibilidade de geração de milhares de empregos. Todo o processo do cultivo da palma é manual, o que demanda uma grande quantidade de mão de obra em regiões carentes de empregos.

“Além de inibir novos desmatamentos, a medida encontrou uma solução para os erros passados. O objetivo é que o equilíbrio ecológico seja restabelecido nessas áreas. A palma de óleo tem um cultivo perene, os frutos são colhidos enquanto a árvore, adulta, continua no solo. A companhia segue as melhores práticas internacionais para o manejo sustentável da palma de óleo, com monitoramento contínuo no entorno das áreas de atuação e segue à risca os indicadores estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama)”, afirma Steagall.

“Sempre comento que onde há desenvolvimento, educação e geração de renda, existe preservação e cuidado com o meio ambiente. Atualmente, mais de 29 milhões de habitantes residem na região amazônica e a prioridade número 1, seja do estado ou da iniciativa privada, deve ser a geração de empregos e o desenvolvimento socioeconômico da região”, reforça.

Por que a palma de óleo?

A escolha dessa matéria-prima para produzir biocombustível é baseada em vantagens como o rendimento do cultivo, de acordo com o CEO. A palma de óleo chega a render dez vezes mais do que a soja na produção de óleo por hectare cultivado anualmente. Também apresenta um balanço positivo em termos de emissões de carbono e gera empregos no campo, já que, mais uma vez, o plantio e a colheita não podem ser mecanizados. Atualmente, o cultivo sustentável da palma de óleo realizado pelo Grupo BBF estoca mais de 25 milhões de toneladas de carbono.

Vale destacar a relação próxima e construtiva que o Grupo BBF possui com as comunidades locais. No Pará, a companhia mantém o Programa de Agricultura Familiar, que incentiva mais de 400 agricultores em quatro municípios do Estado. Em 2022, as famílias parceiras do programa entregaram mais de 37 mil toneladas de frutos de palma de óleo, o que gerou receita superior a R$ 30 milhões aos agricultores familiares incentivados pela BBF. Com o objetivo de ampliar seu portfólio, o Grupo BBF investe em novas soluções utilizando a palma de óleo como principal matéria-prima. Até 2026, a companhia adicionará 100 mil hectares de palma de óleo em suas áreas de cultivo.

*Jovem Pan



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