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Agressor de jovem trans em Conchal apresenta sua versão dos fatos ao F5

Após a agressão a uma jovem transexual na praça pública de Conchal, a qual repercutiu fortemente, o agressor, um jovem de 18 anos, entrou em contato com o F5 para apresentar sua versão do ocorrido e, de alguma forma, justificar suas ações que ele próprio reconheceu como um erro.

O incidente ocorreu no último sábado (21), enquanto a jovem transexual, de 23 anos, estava comprando comida em um trailer localizado na rua 9 de Julho, no centro da cidade. De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Polícia de Conchal na manhã de segunda-feira, a agressão começou quando o agressor, próximo à rampa de skate, começou a proferir insultos homofóbicos à vítima. Ela inicialmente tentou ignorá-lo e continuou dançando ao som de uma música que estava tocando. No entanto, o agressor se aproximou e a arrastou pelos cabelos até o meio da rua, onde desferiu socos e tapas no rosto da vítima, que estava imobilizada no chão. O incidente foi registrado em vídeo, que está agora nas mãos da polícia.

Testemunhas que estavam presentes no local se sentiram impotentes para intervir, já que o agressor estava acompanhado por outras pessoas que impediram que as agressões fossem interrompidas. O registro policial revela que, durante o ataque, o agressor repetidamente afirmou que a vítima "não é mulher, é um homem".

Em uma reviravolta inesperada, o agressor, que disse ser bissexual, entrou em contato com a equipe do F5 para contar sua versão dos eventos. Segundo ele:


"Enfim, no ano passado, uma grande amiga minha (que também era trans) cometeu suicídio e, até hoje, ninguém sabe ao certo o motivo. Segundo a vítima, eu a acusei de ser a causa do suicídio, mas não tem nada a ver uma coisa com a outra. Na verdade, a a amiga falecida morreu às 4h da manhã, e no mesmo dia, a pessoa agredida (não vou mencionar nomes) me mandou uma mensagem por volta das 15h, perguntando se a história era verdadeira e dizendo que a falecida, quando ainda estava viva, alegou em sua presença que eu sentia inveja dela, que eu queria superá-la e que eu não era nada comparado a ela. Também mencionou que eu namorei o ex dela por 8 meses (sendo que, quando ainda estava com ele, a falecida afirmou que não tinha nada contra, pelo contrário, queria que eu ganhasse experiência, já que era meu primeiro relacionamento gay). Ou seja, era um monte de mentiras que alimentou o meu ódio", disse o agressor.

O agressor continuou a relatar uma série de desentendimentos ocorridos entre ele e a vítima, incluindo trocas de mensagens e conflitos em eventos públicos.

"Eu estava feliz com meus amigos, não tinha intenção de fazer mal a ninguém. Até então, beleza... Ela começou a sair com amigos e a gente sempre se via. Em um desses encontros, eu disse que 'ia pegá-la', mas era uma expressão, não uma ameaça física. Mas ela pensou que eu estava falando mal dela, o que resultou na briga no sábado", contou o agressor.

Ele também mencionou que pediu desculpas à vítima e à mãe dela e que um amigo chegou a pedir que o boletim de ocorrência fosse retirado, mas ele reconheceu que o erro foi dele e que a decisão era da vítima.

As investigações sobre o caso ainda estão em andamento, e é crucial que todas as partes envolvidas cooperem com a polícia para garantir uma conclusão justa e adequada para este triste episódio.



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