Projeto que cria Escola Cívico-Militar proposto pelo Governo de SP é aprovado na Alesp - Adoção ao novo modelo prevê consulta à comunidade escolar
O Projeto de Lei Complementar 9/2024, que cria o Programa
Escola Cívico-Militar proposto pelo governador Tarcísio de Freitas, foi
aprovado nesta terça-feira (21) pela Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo (Alesp). A proposta foi enviada para o parlamento paulista no início de
março. Aprovado, agora segue para sanção do governador.
“Firmamos esse compromisso e estamos avançando. A comunidade
vai votar e, de acordo com a votação de pais de alunos e professores, a gente
transforma a escola em cívico-militar com policiais militares da reserva que
vão atuar na disciplina e no civismo, e os profissionais da Educação ficam com
a parte pedagógica”, destacou o governador, Tarcísio de Freitas.
A proposta tem como objetivos a melhoria da qualidade do
ensino com aferição pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o
enfrentamento à violência e a promoção da cultura de paz no ambiente escolar. O
programa será desenvolvido sob responsabilidade das secretarias estaduais da Educação
e da Segurança Pública.
Como será
implantado o Programa Escola Cívico-Militar
Com a aprovação do projeto, a Secretaria da Educação do
Estado de São Paulo (Seduc-SP) dará início à implantação do programa ainda
neste ano em unidades com índices de rendimento escolar inferiores à média
estadual, atrelados a índices de vulnerabilidade social e fluxo escolar
(aprovação, reprovação e abandono). A expectativa é que de 50 a 100 escolas
adotem o modelo no Estado.
Para ser implantado, o programa Escola Cívico-Militar
precisará passar pelo consentimento das comunidades escolares, que serão
consideradas por meio de consultas públicas. Um aviso deverá ser publicado no
Diário Oficial com pelo menos 15 dias de antecedência de cada consulta às
comunidades escolares.
O programa prevê que pais de alunos e professores sejam
ouvidos para definir sobre a transformação da instituição em escola
cívico-militar com policiais militares da reserva atuando na disciplina e no
civismo, sem impacto na parte pedagógica.
As unidades educacionais do programa poderão ser implantadas
em prédios escolares já existentes ou em novas, de forma gradual. Além das
escolas estaduais, municípios também poderão aderir à iniciativa do governo
paulista.
A implantação do novo modelo não exclui nenhum programa da
Secretaria de Educação em andamento nas escolas. A proposta é complementar as
ações pedagógicas da Seduc e visa compartilhar com os estudantes valores como
civismo, dedicação, excelência, honestidade e respeito.
A Educação de SP será responsável pelo currículo das unidades
cívico-militares e a formação de professores. Caberá à Secretaria da Segurança
Pública a indicação dos policiais militares da reserva que atuarão como
monitores nessas unidades de ensino, pelo desenvolvimento de atividades
extracurriculares na modalidade cívico-militares, organização e segurança
escolar.
A nova legislação prevê um processo seletivo dos policiais da
reserva que atuarão no programa e o pagamento de seus salários por parte da
Educação. Será ao menos um PM por escola. No caso de escolas municipais, a
Segurança Pública colabora com as prefeituras e a seleção fica a critério das
secretarias municipais.
O investimento nas escolas cívico-militares será o mesmo já
previsto nas unidades regulares. O impacto orçamentário já está incluso no
custo de pessoal da pasta, cujo valor de R$ 7,2 milhões será destinado,
anualmente, para o pagamento dos militares.
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