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Morre cientista japonês Akira Endo, que descobriu as estatinas, medicamentos usados na redução do colesterol

O microbiologista e bioquímico japonês Akira Endo, que descobriu as estatinas, fármacos que revolucionaram a prevenção de doenças cardiovasculares, morreu aos 90 anos, anunciou um de seus colaboradores. O cientista morreu na quarta-feira da semana passada, disse à AFP o bioquímico Keiji Hasumi, ex-aluno de Endo. Ele nasceu em 1933 em uma família rural de Akita, cidade do norte do Japão. Desde pequeno era fascinado pela forma como os cogumelos e outros fungos afetavam os seres vivos. Seu avô, interessado em Medicina, o estimulou a estudar e foi seu “grande mestre”, escreve Endo na autobiografia publicada em 2008. Na universidade, Endo se interessou por antibióticos como a penicilina e ficou “muito impressionado” com todas as vidas que os medicamentos conseguiram salvar. No fim da década de 1960, ele fez pesquisas na Faculdade de Medicina de Nova York, onde se surpreendeu com o grande número de idosos com excesso de peso. “Percebi que era necessário desenvolver um medicamento contra o colesterol”, recordou na autobiografia.

Quando retornou ao Japão, Endo trabalhou na Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tóquio e para o grupo farmacêutico Sankyo, atualmente parte do grupo Daiichia Sankyo. O bioquímico estudou 6 mil cepas de micróbios durante dois anos, antes de descobrir, em 1973, a mevastatina, o primeiro tipo de estatina com capacidade de reduzir a concentração de LDL, o “colesterol ruim”, no sangue. Mais de 200 milhões de pessoas no mundo tomam este tipo de medicamento e, segundo estudos, o valor do mercado mundial de estatinas é de US$ 15 bilhões. Várias polêmicas sobre a possível nocividade ou ineficácia das estatinas fizeram com que muitas pessoas abandonassem os tratamentos. Porém, segundo uma meta-análise publicada em 2022 no European Heart Journal, uma revista médica de cardiologia, a intolerância às estatinas teria sido subdiagnosticada. Akira Endo recebeu vários prêmios por suas descobertas, como o Albert Lasker de Pesquisa Médica em 2008. “Seu trabalho tem o mesmo valor e impacto que a descoberta da penicilina”, declarou Hasumi.


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