Falta de câmeras corporais em PMs pode levar a absolvição de suspeito - Decisão do STJ foi fundamentada em três casos anteriores, ocorridos em São Paulo, Goiás e Rio Grande do Sul, onde condenações por tráfico de drogas foram anuladas
A sexta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
determinou que a ausência de câmeras corporais em policiais pode levar à
anulação de condenações de suspeitos. Esta decisão foi fundamentada em três
casos anteriores, ocorridos nos Estados de São Paulo, Goiás e Rio Grande do
Sul, onde condenações por tráfico de drogas foram anuladas. A Corte entendeu
que as narrativas dos policiais foram questionadas por testemunhas e acusados,
e que as câmeras corporais poderiam ter fornecido provas visuais para embasar
as falas dos policiais. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas
(Republicanos), inicialmente questionou a eficácia do uso das câmeras
corporais, mas posteriormente reconheceu sua importância para a proteção dos
policiais.
O STJ afirmou que a falta dessas câmeras indica que o Estado
não se equipou adequadamente para a produção de provas. O relator do caso,
ministro Rogério Schietti, destacou que, embora os depoimentos dos policiais
sejam relevantes, eles vêm sendo relativizados na ausência de provas visuais. A
decisão unânime da corte tem o potencial de influenciar outras instâncias da
Justiça.
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