O LinkedIn, controlado pela Microsoft, está sendo processado por usuários premium da plataforma que alegam que a rede social corporativa divulgou suas mensagens privadas a terceiros, sem permissão, para treinar modelos de inteligência artificial generativa.
A proposta
de ação coletiva, apresentada na noite de terça-feira (21) em nome de milhões
de usuários do LinkedIn Premium, diz que a plataforma introduziu discretamente
uma configuração de privacidade em agosto do ano passado que permite aos
usuários ativar ou desativar o compartilhamento de seus dados pessoais.
Os clientes
disseram que o LinkedIn, então, atualizou sua política de privacidade em 18 de
setembro para constar que os dados poderiam ser usados para treinar modelos de
IA e comunicou, em um hiperlink direcionado a "perguntas frequentes",
que a desativação "não afeta o treinamento que já ocorreu"
Segundo a
denúncia, houve uma tentativa de "cobrir os rastros", sugerindo que o
LinkedIn estava plenamente ciente de que violou a privacidade dos clientes e o
compromisso de usar dados pessoais apenas para apoiar e melhorar sua
plataforma.
Em
comunicado, o LinkedIn disse que as alegações são "falsas e sem
mérito".
A ação foi
movida no tribunal federal de San José, na Califórnia, em nome dos clientes do
LinkedIn Premium que enviaram ou receberam mensagens e cujas informações
privadas foram divulgadas a terceiros para treinamento de IA antes do dia 18 de
setembro.
O processo
busca reparação por danos devido à quebra de contrato e violações da lei de
concorrência desleal da Califórnia, além de US$ 1.000 por pessoa por violações
da legislação federal sobre comunicações armazenadas.
A ação foi
movida horas depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar uma
parceria do governo com a OpenAI - criadora do ChatGPT e apoiada pela Microsoft
-, Oracle e SoftBank para construir infraestrutura de IA nos Estados Unidos. O
investimento previsto é de US$ 500 bilhões.
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