William Weslei Lelis Vieira
foi flagrado pela PM em dezembro de 2016. Ele perdeu licença dois dias antes do
crime, após processo na Justiça.
O empresário William Weslei
Lelis Vieira, de 34 anos, que arrastou uma vendedora de balões de 63 anos na
noite do último sábado (15), no Distrito Federal, estava com a Carteira
Nacional de Habilitação (CNH) suspensa quando cometeu o crime. Ele perdeu a
licença, após ser flagrado dirigindo sob efeito de álcool.
Vieira recorreu à Justiça,
mas perdeu o direito de dirigir dois dias antes de cometer o crime contra a
idosa. Na época em que foi parado pela Polícia Militar do Distrito Federal em
uma fiscalização na região do Sudoeste, o empresário teria se recusado a fazer
o teste do bafômetro.
Quase dois anos e meio
depois, no dia 13 de junho, a ação foi concluída, e William Weslei teve a
carteira suspensa. No entanto, ele ainda podia dirigir por 30 dias – prazo
legal para entregar a habilitação.
A suspensão foi publicada no
Diário Oficial do DF. No texto, consta a seguinte frase: "O diretor do
Departamento de Trânsito do Distrito Federal torna pública a aplicação da
penalidade de suspensão do direito de dirigir veículo automotor aos condutores
relacionados".
O nome de William Weslei
aparece, logo em seguida, por infringência ao artigo 165 do Código de Trânsito
Brasileiro, que corresponde ao texto sobre a Lei Seca.
'Não percebi'
Em depoimento prestado nesta
terça-feira (18), William Wesley Lelis Vieira disse "que não percebeu que
estava arrastando a idosa".
Ele afirmou, ainda, que
"fez uma brincadeira" ao fechar o vidro e arrancar o carro sem pagar
pelos balões, segundo o delegado Paulo Henrique de Almeida, que investiga o
crime. A mulher que estava no banco do carona foi quem tomou os balões da idosa.
Os três balões que ficaram
dentro do carro estavam amarrados ao restante que a vendedora tinha preso ao
pulso. Quando o vidro do carro foi fechado, a idosa acabou arrastada por cerca
de 100 metros pelo asfalto.
Marina Izidoro de Morais
machucou o rosto, as pernas e os braços. Ela foi socorrida por pessoas que
passavam pelo local e levada a um hospital. O motorista disse em depoimento
que, quando notou que "o carro estava muito pesado", abriu o vidro e
soltou os balões.
A mulher que estava no carro
com Vieira também prestou depoimento à Polícia Civil e reforçou a versão do
empresário de que tudo não passou de uma "brincadeira". Ela tem 28
anos e, segundo o delegado Paulo Henrique de Almeida, é amiga do empresário.
O crime
Na segunda (17), o delegado
Paulo Henrique Almeida informou que o motorista poderia ser enquadrado em até
três tipos de crime:
·
Lesão corporal de
trânsito
·
Lesão corporal com a
intenção de praticar um crime
·
Tentativa de
homicídio
Nessa terça, no entanto, o
delegado disse que "ainda é cedo para saber qual crime ele [o motorista]
se encaixa".
De acordo com o responsável
pela 12ª Delegacia de Polícia, a mulher que estava no carro com Willian Wesley
Lelis Vieira responderia como coautora.
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