Guardas Municipais gravam vídeo e dizem que prefeito de Conchal dirigia bêbado – Prefeito Vando Magnusson diz que não fez uso de bebida alcoólica pois está tomando antidepressivo sob prescrição médica

O vídeo gravado no dia 9 deste mês (abril), por pelo menos três GCMs do município de Conchal, veio à tona por meio de grupos de WhatsApp e de um canal no YouTube, chamado “Dedo no Zoio”, que tem como um dos integrantes, o servidor público Guilherme Galdino.

 

No vídeo é possível observar o prefeito de Conchal Vando Magunusson, dirigindo seu veículo e ao lado, outro veículo utilizado pelos GCMs que gritavam dizendo que o prefeito estaria bêbado.

 

Relatos dão conta de que na madrugada da data em que ocorreu os fatos, Vando teria ido à sede da GCM do município, para verificar se os guardas estavam trabalhando. Alguns GCMs informaram que o prefeito usou de palavras de baixo calão, para com os profissionais que estavam naquele momento.

 

Segundo os GCMs, após alguns insultos, Vando entrou em seu veículo para ir embora do local, quando alguns GCMs resolveram segui-lo com uma viatura descaracterizada. O acompanhamento só terminou quando o prefeito chegou em sua residência.

 

A primeira parte da história, que foi a suposta ação do prefeito insultando os GCMs dentro da sede, não foi gravada (pelo menos não apareceu o vídeo ainda). Já a segunda parte é possível conferir no vídeo abaixo.

 

O que disse o prefeito

 

O prefeito Vando Magnusson informou que não havia feito uso de bebida alcoólica naquele dia.

Disse que foi a sede da guarda municipal para verificar denúncias de que os guardas não estariam trabalhando. “O prefeito tem a obrigação de fiscalizar se os servidores estão exercendo o trabalho, principalmente quando recebe denúncias”, disse Vando e continuou.

 

“Eu não estava embriagado, nem posso beber nada, pois estou fazendo uso de medicamentos antidepressivos prescritos pelo médico”. Tanto que não estava bêbado, que saí com o meu carro de ré {marcha ré) da sede da guarda. Tive que sair às pressas pois me vi coagido e ameaçado quando alguns GCMs vieram em minha direção. Fizeram isso, pois fotografei eles sentados e de braços cruzados em horário de serviço. Eles e alguns outros servidores estão bravos, porque tive que cumprir uma determinação do Juiz e cortar o BDF do pagamento deles. Estou tentando resolver essa questão da melhor forma possível. No momento por causa da lei complementar 173, não posso dar aumento aos servidores, mas pretendo dar esse aumento beneficiando todos os servidores de Conchal, não apenas um pequeno grupo como era feito”, concluiu o prefeito.

 

 

Conversamos com um dos GCMs que estavam no dia do ocorrido. O mesmo preferiu, por enquanto, não falar sobre o assunto, até que o Ministério Público se manifeste quanto a denúncia que foi oferecida pelos mesmos.

 

O F5 pediu ao prefeito para que conceda uma entrevista online e ao vivo, para esclarecer melhor essa situação e também sobre os 8 milhões dos recursos destinados ao município para o combate a pandemia. Vando nos informou que na próxima semana poderá participar da entrevista.