Conselho Tutelar promove ação e retira menores que vendiam trufas no semáforo em Conchal – O C.T informou a existência de denúncias – Acompanhado da mãe, menino diz que só quer ganhar dinheiro sem precisar vender drogas
Crianças exibem com orgulho o que conseguiram conquistar vendendo trufas no semáforo em Conchal |
A ação de fiscalização do Conselho Tutelar aconteceu no sábado
(19), no semáforo da Rua Camilo Chagas em Conchal.
Pelos menos 5 meninos entre 10 e 13 anos, costumam ficar diariamente
neste ponto da cidade vendendo trufas.
Com a chegada dos conselheiros o trabalho dos meninos foi
interrompido, quando um deles utilizando o próprio telefone celular, telefonou
para mãe que compareceu ao local.
Por meio de
nota, o Conselho Tutelar de Conchal informou que:
“Este tipo de atividade consta na lista das piores formas de trabalho
infantil (Lista TIP), pois às deixam expostas à violência, drogas, assédio
sexual e tráfico de pessoas; exposição à radiação solar, chuva e frio;
acidentes de trânsito, atropelamento etc. Além de acarretar possíveis danos
futuros à saúde. O trabalho precoce também viola outros direitos garantidos em
Lei, como lazer e educação. Visando a proteção integral da criança e do
adolescente e com o objetivo de zelar pelos direitos dos mesmos, o Conselho
Tutelar encaminhou as famílias envolvidas à rede de proteção do município para
que sejam assistidas e orientadas. As crianças/adolescentes foram encaminhadas
para projetos onde poderão realizar diversos tipos de atividades”.
O outro lado:
Alessandra dos Santos, mãe de um dos meninos de 12 anos de
idade, é trabalhadora rural e dona de casa, desabafou. “Estou indignada por ter que dizer pro meu filho, que ele não pode
trabalhar, porque a lei não deixa. O dinheiro
que ele ganha é dele, para ele comprar as coisas que eu não tenho condições de
comprar”.
A mãe nos contou que certa vez teve que brigar com o filho de
12 anos, pois o mesmo foi pego furtando um pacote de bolacha no supermercado.
Perguntamos para o menino, se ele estava ali vendendo trufas
porque quer, ou se a mãe o obriga a trabalhar?
Rapidamente o menino nos respondeu: “Eu estou aqui porque eu quero. Tipo assim... Minha mãe não tem
condições de comprar um celular pra mim, e eu trabalhando aqui, eu posso
comprar o celular”. Com os olhos brilhando,
o menino fez questão de exibir o dinheiro que ganhou e guardou vendendo trufas durante
alguns dias. Disse ainda que conseguiu comprar uma bicicleta. “Comprei uma bicicleta “zerinha”, vai lá em
casa pra você ver”.
“Eu comprei
minha primeira bicicleta, roupa, celular, tudo trabalhando aqui no farol, minha
mãe não tem condição de me dar agora”. Eu só consigo estudar e fazer as aulas pela
internet porque consegui comprar um celular com o dinheiro que eu ganhei
trabalhando no farol”. Disse o menino.
O F5 manterá contado com os pais responsáveis desses meninos,
para termos a certeza do quão será digno e eficiente o amparo prometido pelo
poder público à essas famílias.
Esperamos que essa assistência seja verdadeira e que vá de
encontro a realidade social de crescimento buscado por essas crianças.
Esperamos ainda, que essa assistência seja monetizada a altura do que eles
merecem e que não fique apenas com a simples doação de cestas básicas.
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