Pantanal entra em alerta de risco alto e extremo de incêndios - Apesar de boa parte das queimadas ter sido controlada, ainda há 24 focos ativos
O
Pantanal entrou em um período crítico de
risco extremo de incêndios, conforme boletim divulgado pelo Ministério do Meio
Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Até o fim de semana, toda a extensão do
bioma será classificada entre risco “Alto” e “Extremo” de fogo. O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva editou uma Medida Provisória para liberar R$ 137,6
milhões, a fim de combater as queimadas e mitigar os efeitos da estiagem. Desde
janeiro deste ano, o bioma já perdeu 778 mil hectares de vegetação nativa, o
que representa 5,15% de sua área total.
No momento, 832 profissionais estão em campo no combate aos incêndios,
sendo Dos 55 grandes incêndios combatidos até agora, 31 foram extintos e 24
permanecem ativos, dos quais 22 já estão controlados. Controlar um incêndio
significa que ainda restam ilhas, troncos, árvores e outros combustíveis
florestais queimando, mas o fogo está cercado por uma linha de controle.
Desde maio,
o uso de fogo no Pantanal está proibido, com penas que variam de 2 a 4 anos de
prisão para os infratores. Todos os incêndios registrados no último mês têm
causas humanas, e os responsáveis estão sendo investigados e serão punidos, de
acordo com o MMA. O governo também tomou outras providências para aprimorar o
combate aos incêndios no Pantanal. Uma nova Medida Provisória permite o uso de
aeronaves e tripulações estrangeiras em casos de calamidade pública ou
emergências ambientais. Além disso, foi reduzido o prazo de recontratação de
brigadistas de dois anos para três meses, agilizando a resposta a novos focos
de incêndio. O Pantanal enfrenta a pior seca dos últimos 70 anos, o que agrava
a situação dos incêndios. O bioma é essencial para a biodiversidade brasileira,
abriga uma vasta gama de espécies de
fauna e flora, além de ser uma importante fonte de sustento para comunidades
locais. A devastação causada pelos incêndios não só ameaça a biodiversidade, mas
também a economia e a vida das pessoas que dependem desse ecossistema.
A comunidade
científica e ambientalistas destacam a necessidade urgente de políticas
públicas eficazes e de longo prazo para a preservação do Pantanal. A prevenção,
educação ambiental e a gestão integrada de recursos naturais são essenciais
para evitar que situações como esta se repitam. Além das medidas emergenciais,
é preciso ainda investir em pesquisa e tecnologia para monitoramento e combate
aos incêndios, o que garante a proteção contínua do bioma. As medidas adotadas
pelo governo são um passo importante, mas a colaboração de todos – governo,
organizações ambientais e sociedade – é fundamental para a preservação deste
patrimônio natural.
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