Na manhã desta quinta-feira (20), o grupo extremista Hamas
entregou os corpos de quatro reféns israelenses, incluindo os irmãos Kfir
Bibas, de oito meses, e Ariel Bibas, de 4 anos. A mãe das crianças, Shiri
Bibas, e o idoso Oded Lifschitz, de 83 anos, também estavam entre os corpos
entregues.
A transferência ocorreu em Khan Younis, na Faixa de Gaza,
como parte de um acordo de cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro. Os caixões
pretos foram recebidos por representantes da Cruz Vermelha, responsáveis por
transportá-los até Israel. As Forças Armadas israelenses confirmaram que
"os corpos dos reféns na Faixa de Gaza foram entregues a
representantes" do Exército israelense e do Shin Bet, a agência de
segurança interna.
Sequestro e tragédia da família Bibas
A família Bibas foi sequestrada em 7 de outubro de 2023,
durante um ataque do Hamas ao kibutz Nir Oz, no sul de Israel. Imagens
divulgadas na época mostravam Shiri abraçando seus dois filhos enquanto eram
levados à força, cenas que repercutiram mundialmente e tornaram a família um
símbolo do sofrimento dos reféns israelenses.
Em novembro de 2023, o Hamas afirmou que Shiri e seus filhos
haviam sido mortos em um bombardeio israelense, informação que não foi
confirmada por Israel até a entrega dos corpos. O marido de Shiri, Yarden
Bibas, foi libertado em 1º de fevereiro de 2025, após ser mantido em cativeiro
separado de sua família.
Luto e reação de Israel
O presidente israelense, Isaac Herzog, expressou o luto
nacional, afirmando:
"Nossos corações — os corações de uma nação inteira —
estão devastados. Em nome do Estado de Israel, inclino minha cabeça e peço
perdão. Perdão por não proteger vocês naquele dia terrível. Perdão por não
trazê-los para casa com vida."
A entrega dos corpos ocorre no contexto de um acordo de
cessar-fogo mediado por Estados Unidos, Catar e Egito, que prevê a troca de
reféns israelenses por prisioneiros palestinos. Além da devolução dos corpos, o
Hamas anunciou a libertação de seis reféns vivos no próximo sábado, 22 de
fevereiro, como parte da primeira fase do acordo.
A nação israelense permanece em luto, enquanto familiares e
cidadãos aguardam a confirmação oficial das identidades dos corpos por meio de
exames de DNA e esperam pela libertação dos demais reféns ainda em cativeiro.
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