Uma mudança de hábito forçada devido a pandemia. “Eu comecei a sentir falta de buscar coisas para me deixar melhor dentro da quarentena que estávamos vivendo. Comecei a me interessar por autocuidado”, conta a gestora de projetos Tayara Cristina Lopes Ortolan. Ela, que pretende fazer yoga e ler mais, é uma entre as milhares de pessoas que projetam modificar os costumes neste ano. Uma pesquisa de monitoramento da Hibou feita com cidadãos com idade superior a 20 anos, de todas as classes sociais nas 5 regiões do país, mostrou que 90% da população brasileira gostaria de fazer mais pela saúde física e mental em 2021. A responsável pelo levantamento, Ligia Mello indica que o abalo foi geral. “O brasileiro está menos saudável de maneira geral. Ele se alimentou muito bem, isso foi um ponto positivo do período da pandemia. As pessoas se alimentaram em casa, então elas cuidaram mais da alimentação. Em contrapartida, as pessoas fizeram menos exercícios, ficaram mais sedentária em casa. E também tem o componente da ansiedade e da saúde mental, que ficou comprometida no período.”
Entre as promessas, 49% dos entrevistados vão inserir exercícios físicos na rotina. Já 35% afirmam que vao priorizar a vida pessoal e familiar em 2021, 29% querem valorizar o sono e apenas 5% dos entrevistados não vão alterar em nada a rotina nos próximos meses. A dona de casa Maria Souza da Silva diz que este período está sendo muito difícil e por isto conta que não vai deixar se levar pelo baixo astral. Ela pretende redobrar os cuidados com a cabeça e o corpo. “Eu já faço exercicio físico, faço caminhada todos os dias e pretendo aumentar mais ainda porque a saúde mental foi bem difícil. Ficar em casa com três filhos adolescentes estudando em casa, então não foi fácil contornar tudo isso. Foi muito pesado”, relata.
Assim como Maria, grande parte da população tem ficado a maior parte do tempo em casa, com isto vem à tona preocupações devido ao Segundo o estudo, 35% dos brasileiros pretendem priorizar a vida pessoal nos próximos meses, confinamento prolongado e problemas financeiros; tanto é que 47% se sentem menos dispostos agora do que antes do início da pandemia. O uso de medicamentos aumentou para 1 quinto brasileiros e os sintomas mais citados para utilização dos remédios foram: dor de cabeça, dor no corpo e ansiedade. O apoio por meio da fé e religião foi o serviço auxiliar mais procurado com 32% das buscas. Outras opções de ajuda também se mostraram significativas como médicos, nutricionistas, psicólogos, instrutores físicos e especialistas em meditação. Mesmo com a situação crítica de 2020, 83% dos entrevistados se consideram pessoas saudáveis. O estudo contou com a participação de mais de 1.500 brasileiros.
*Com informações de Jovem Pan.
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