Uma nova modalidade de golpe telefônico está sendo praticada
por criminosos, que exploram a vulnerabilidade de idosos para obter transferências
financeiras significativas. A tática consiste em ligar para clientes de bancos,
alegando que a agência ou o gerente está sob investigação, e então solicitam a
transferência de dinheiro para contas suspeitas.
O Caso de
Dona Lenir: Um Alerta
O programa "Fantástico" exibiu no último domingo o
caso de Dona Lenir, uma aposentada de 78 anos de Guarulhos (SP), que foi vítima
do golpe no dia 21 de agosto. Ela recebeu uma ligação de um homem se
apresentando como gerente do banco, que a convenceu a transferir R$ 17 mil para
uma conta supostamente "protegida". Depois de realizar a transação,
Dona Lenir descobriu que se tratava de uma fraude e que o homem não era
funcionário do banco.
Como
Funciona o Golpe
Os criminosos utilizam uma técnica de engenharia social para
manipular psicologicamente as vítimas e obter informações confidenciais.
Frequentemente, eles se passam por funcionários de bancos ou agentes de
segurança e chegam a enviar boletins de ocorrência falsos para dar
credibilidade à fraude, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos
(Febraban). O objetivo é convencer a vítima a transferir seus recursos para
contas indicadas por eles, enquanto alegam que é uma medida de proteção durante
uma "investigação criminal".
José Gomes, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da
Febraban, alerta: "Esta abordagem é golpe. Bancos, entidades ou
autoridades policiais nunca pedem que clientes façam transações
bancárias". Ele recomenda que, em caso de contato suspeito, a ligação seja
encerrada imediatamente e que qualquer dúvida seja esclarecida pelos canais
oficiais do banco.
Campanha
Antifraudes
Em resposta a essa crescente ameaça, a Febraban lançou uma
campanha de conscientização na segunda-feira (14), intitulada "Se é golpe,
tem contragolpe", estrelada pelo humorista Fabio Porchat. A campanha tem
como objetivo educar o público sobre como reconhecer fraudes e evitar cair em
armadilhas semelhantes. A ação seguirá até abril de 2025 e conta com peças
publicitárias onde Porchat adverte sobre comportamentos suspeitos, como pedidos
de senhas e códigos de segurança por telefone.
Cartilha do
Ministério dos Direitos Humanos
Para fortalecer a proteção dos idosos, o Ministério dos
Direitos Humanos e da Cidadania (MDH) lançou uma cartilha que ensina como
identificar e enfrentar a violência patrimonial e financeira contra idosos.
Este tipo de violência ocorre quando uma pessoa ou instituição se apropria
indevidamente do dinheiro ou bens do idoso, muitas vezes usando ameaças,
violência psicológica ou desinformação.
A cartilha também destaca os 15 golpes mais comuns que têm
como alvo idosos e fornece orientações sobre como se proteger, abordando desde
fraudes clássicas, como "falso sequestro" e "bilhete
premiado", até práticas mais recentes, como o golpe do "WhatsApp
clonado".
Entre as
recomendações, estão:
·
Desconfie de ligações pedindo transferências
financeiras ou senhas.
·
Nunca forneça informações confidenciais por telefone.
·
Em caso de dúvidas, entre em contato diretamente com a
instituição financeira por meios oficiais.
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