O Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) de 2024, realizado no último domingo (3/11), registrou uma abstenção
menor em comparação ao ano passado, com 73% dos inscritos comparecendo à prova,
superando o percentual de 71% registrado em 2023. Este ano, mais de 4,32
milhões de estudantes se inscreveram no exame, um aumento de 9,95% em relação
ao ano anterior. A aplicação ocorreu em 1.153 municípios, espalhada por 10.776
locais e distribuída em quase 150 mil salas.
Apesar da alta adesão, 4.999
candidatos foram eliminados por diversos motivos, e ocorreram 689 problemas
logísticos. No entanto, segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, “essas
ocorrências não inviabilizaram que as pessoas fizessem a prova”.
Entre as principais novidades do
Enem 2024, destaca-se o uso do recurso de geolocalização, que permitiu que 90%
dos candidatos fossem alocados em locais de prova a até 10 km de suas
residências. A implementação, segundo Santana, contribuiu para facilitar o acesso
e garantir a pontualidade no início do exame.
No primeiro dia de provas, os
candidatos responderam a 45 questões de ciências humanas e 45 de linguagens,
além da redação, cujo tema foi "Desafios para a valorização da herança
africana no Brasil". A prova apresentou questões ligadas a identidades
culturais, incluindo trechos de músicas dos Racionais MC’s e de Adoniran
Barbosa, além de referências ao filme A Culpa é das Estrelas e à série Game of
Thrones.
Um dado relevante foi o aumento na
participação de estudantes do ensino médio público. Este ano, 94% dos inscritos
eram concluintes do ensino médio público, um crescimento significativo frente
aos 58% de 2023. Segundo Santana, o programa Pé-de-Meia, que oferece bolsas
para alunos do ensino médio, foi um dos responsáveis pelo aumento nas
inscrições. Durante a visita à sala de monitoramento no domingo, o ministro
agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela implementação do
programa, que tem impulsionado a participação dos estudantes no Enem.
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